Numa votação apertada de 167 contra 165, com 18 abstenções, o parlamento espanhol elegeu o governo de coalizão de esquerda (PSOE e Podemos), tendo como primeiro-ministro Pedro Sanchez.
A grande imprensa diz que o novo governo vai taxar os ricos e revisar aspectos de reformas trabalhistas e de pensões feitas por governos anteriores. Citamos abaixo trechos da Carta Semanal do POSI (seção da 4ª Internacional no Estado Espanhol):
“Diante do novo governo”
“O novo governo despertou expectativas em setores da classe operária, ainda que também haja aqueles que assinalem as limitações de seu programa. Outros se perguntam como aumentar os gastos com saúde e educação mantendo a ‘estabilidade orçamentária’ exigida pela União Europeia.
De qualquer forma, o governo que se diz ‘progressista’ será julgado não pelas promessas, mas pela política que aplique, e dela dependerá o seu futuro. Ele estará imprensado entre as exigências do capital financeiro e as dos trabalhadores e povos.
Mais que nunca é necessária a independência das organizações do movimento operário, na linha de ‘governe quem governe, as reivindicações se defendem’, e não se submetem aos interesses de nenhum governo, ainda mais um que esteja atado à Monarquia, OTAN e União Europeia.
A questão dos direitos dos povos vai se chocar com a Constituição e a Monarquia. O povo catalão quer decidir livremente o seu futuro, o que não cabe nos marcos do regime.
Mais que nunca os trabalhadores e os povos deste país precisam impor a liberdade dos presos republicanos catalães e de todos os presos políticos, exigência a ser mantida governe quem governe.”