Estudantes da USP estão em greve

Exigência é por mais professores e outras reivindicações

A greve dos alunos da Universidade de São Paulo (USP) entrou no seu oitavo dia na sexta-feira, 29 de setembro, sem que um acordo tenha sido alcançado entre os estudantes e a reitoria da universidade. Os estudantes reivindicam a contratação de mais professores (pelo menos 1500), melhorias nas medidas que garantem a permanência estudantil e a redução do número de alunos por turma.

A greve teve início em 21 de setembro, com a ocupação da diretoria da FFLCH pelos alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), após uma tentativa de diretoria da unidade de esvaziar os prédios do instituto para que não ocorressem as assembleias para deliberação da greve. Desde então, já se estendeu a pelo menos 19 cursos, segundo o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP.

A Associação de Pós Graduandos (APG Capital), o Sindicato dos trabalhadores da USP (SINTUSP) e a Associação de Docentes da USP (Adusp) também indicaram paralisações e apoio à greve dos estudantes ao longo da semana. Além disso, o movimento dos estudantes expressa sua solidariedade com as mobilizações dos trabalhadores da Sabesp, CPTM e Metrô contra as privatizações dos serviços públicos de São Paulo e sinaliza somar-se a greve prevista pelos sindicatos no próximo dia 3 de outubro.

Em uma reunião realizada na quinta-feira, 28 de setembro, a reitoria e representantes dos estudantes discutiram as reivindicações. No entanto, a reunião não chegou a um acordo, e as partes se comprometeram a se reunir novamente na próxima quarta-feira, 4 de outubro.

Reação da reitoria
A reitoria da USP reconhece as reivindicações dos estudantes, mas afirma que não tem condições de atender a todas elas. Carlotti (reitor da Universidade de São Paulo) diz que já está trabalhando para aumentar o número de professores, mas que isso depende da liberação de recursos pelo governo Tarcísio. O gabinete do reitor também afirma que já ampliou em 60% os recursos para auxílios estudantis e que está trabalhando para melhorar o sistema de moradia estudantil.

As partes envolvidas na greve se comprometeram a se reunir novamente na próxima quarta-feira, 4 de outubro. A expectativa é que as negociações avancem e que um acordo seja alcançado.

Gabriel Juncal

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