EUA: manifestação diz não à guerra

Na véspera de completar 20 anos da invasão do Iraque, cerca de 300 organizações populares dos Estados Unidos realizaram, no dia 18 de março, uma manifestação contra a Guerra. A marcha nacional em Washington levou milhares de pessoas às ruas, denunciando todas as guerras promovidas pelos EUA, direta ou indiretamente e especialmente o financiamento estadunidense ao conflito na Ucrânia.

Com faixas que diziam “Financiem as necessidades do povo, não a guerra” a marcha caminhou pelas ruas da capital. Cartazes também se opunham ao financiamento de Israel – que promove um apartheid contra palestinos – e exigiam que os Estados Unidos fiquem fora do Haiti, bem como o fim dos bloqueios à Cuba e Venezuela.

Deputada votou contra orçamento de guerra
Apesar do expressivo número de organizações que assinaram a convocação da manifestação, a ação envolveu poucos sindicatos e apenas parcialmente organizações importantes, como, por exemplo, o DSA (Socialistas Democráticos da América, que atua no Partido Democrata), da deputada Alexandria Ocasio-Cortez. Alexandria foi única deputada democrata a votar contra o orçamento de 2023 do presidente Joe Biden, que previa pelo menos 45 bilhões de dólares para a Ucrânia, que se somariam aos mais de 65 bilhões dólares já enviados.

Este orçamento foi aprovado com o voto quase unânime dos democratas (menos o voto contra de Ocasio-Cortez e a abstenção de Rachida Tlaib) e de uma minoria de republicanos. Ocasio-Cortez explicou seu voto em dezembro de 2022 da seguinte forma: “Fiz campanha com base em uma promessa aos meus eleitores: me opor à expansão e aumento do financiamento do ICE [agência federal de polícia de imigração ilegal] e DHS (o serviço federal que supervisiona), especialmente na ausência de uma reforma da imigração há muito esperada. Por esta razão, assim como o aumento impressionante nos gastos com defesa, superando até mesmo as exigências do presidente Biden, votei contra o projeto de lei geral hoje. (…) Nossos constituintes deixaram claro que querem uma oposição a essas medidas representada no Congresso, e é isso que farei.”

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