Na tarde de 29 de abril, enquanto a Câmara Municipal aprovava a criminosa reforma da previdência do prefeito Topázio Neto (PSD), a Guarda Municipal agredia atacava de modo violento quem lutava para defender o direito à aposentadoria.
O diretor do Sintrasem e dirigente da Executiva Nacional da CUT, Renê Munaro, foi atacado com cassetete na barriga e jatos de spray de pimenta nos olhos. As imagens mostram a violência dos guardas, sem saber que estavam sendo filmados. Também o servidor João Paulo Rocha Netto foi atingido nos olhos e precisou de atendimento médico. Ambos foram socorridos por colegas e levados ao Centro de Saúde do Trabalhador e depois ao Hospital Celso Ramos. Renê segue em tratamento para evitar complicações oftalmológicas.
Enquanto os de cima tiram nosso futuro para atender à previdência privada, quem luta por direitos é tratado a porretadas e gás. A reforma de Topázio é cruel: aumenta a idade mínima e o tempo de contribuição, reduz pensões e aposentadorias, divide a arrecadação do Instituto de Previdência Municipal com um fundo complementar e nega o direito de aposentadoria a quem sofre de doenças graves.
É preciso ampliar o movimento de solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público de Florianópolis, para ajudar na luta pela revogação dessa reforma da previdência. Essa luta se une à batalha nacional contra a Emenda Constitucional 103 de Bolsonaro, a reforma trabalhista e a lei das terceirizações.
Nas vésperas deste 1º de Maio, nos somamos à classe trabalhadora com uma palavra de ordem: basta de ataques e violência! É hora de revogar as reformas!
Chamamos as organizações da classe trabalhadora, movimentos, sindicatos e mandatos parlamentares e militantes dos direitos democráticos a repudiar as agressões a Renê Munaro, João Paulo Rocha Netto! E também se somarem a luta do funcionalismo público de Florianópolis pela defesa de suas aposentadorias.
Alexandre Linares