França: “queremos viver, ser livres, estudar, trabalhar!”

Por iniciativa do Comitê de Ligação dos Jovens pela Revolução, dezenas de universitários de vinte universidades e estabelecimentos de ensino superior, estudantes do ensino médio de dez escolas e jovens trabalhadores se reuniram dia 13 de fevereiro.

Uma mesma rejeição do estado de emergência “sanitária” que os privam de liberdades e de todos os direitos. Eles dizem “nossas escolas estão fechadas. Estamos condenados a cursos à distância que não nos ensinam nada”. A precariedade na juventude está aumentando. As filas em frente aos bancos de alimentos estão crescendo.

E quando, como na Grécia, os jovens dizem “não” e se mobilizam, a resposta é uma só: a repressão estatal. “Nós denunciamos a repressão selvagem e as brutalidades policiais que ocorreram em Atenas e Tessalônica, causando muitos feridos e dezenas de prisões” destacou a Juventude Libertação Comunista da Grécia que defende as manifestações em defesa da educação no país, em saudação ao Encontro dos jovens franceses.

Na França, faz um ano que Macron e seu governo estão usando a pandemia para desferir ataques. Fecham os leitos, os serviços dos hospitais. Para o benefício de uns poucos, eles estão usando a situação contra os jovens, contra os trabalhadores.

“Não é o vírus que está nos matando, é a política desse governo”
Estes jovens recusam este mundo podre em que governos sob as ordens do capital financeiro querem mergulhá-los. Como disse Mathias, estudante da Sorbonne, “é o sistema capitalista que coloca o problema…”. Na Grécia, no Líbano, na Argélia… cresce a revolta contra as medidas de confinamento e suas consequências destrutivas. Nesta batalha pela vida, os jovens estão na vanguarda.

Essas lutas pela retomada imediata das aulas encontram obstáculos, em particular das lideranças sindicais, que aumentam as exigências para a reabertura das universidades e deixam o governo Macron impor o seu estado de emergência.

Organizar a resistência
No final da reunião, foi decidido redigir e publicar um apelo político para discutir com todos aqueles que estão nas faculdades e colégios e não aguentam mais, para ajudar a organizar a resistência. Serão preparadas reuniões mais amplas possíveis a fim de reagrupar, organizar e estruturar uma força.

Uma nova reunião nacional ainda maior e mais numerosa está prevista.

Correspondente

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