A Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) e a Central de Trabalhadores da Argentina, hoje dividida entre CTA-A (autêntica) e CTA-T (dos trabalhadores), convocam uma greve geral para 24 e 25 de setembro contra as medidas de “austeridade” anunciadas pelo governo direitista de Maurício Macri e ditadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Desde já ocorrem manifestações em Buenos Aires e outras cidades, demonstrando o mal-estar causado pelo estouro da inflação (mais de 30% anual), enquanto o governo negocia um empréstimo de 50 bilhões de dólares com o FMI. Macri aplica na Argentina a mesma política dos golpistas no Brasil, mergulhando o país na recessão e provocando a resistência da classe trabalhadora.
O cenário de crise econômica se combina com o de crise política. Em 17 de setembro, o juiz Claudio Bonadio pediu a prisão preventiva da ex-presidente Cristina Kirchner, principal opositora de Macri, acusando-a de “organização criminosa” para arrecadar propinas. Aqui também a utilização política do Judiciário, tal como no Brasil, é evidente. Mas Cristina é senadora e sua prisão tem que ser aprovada por dois terços da Casa, onde o governo é minoritário.
Assim a greve geral já convocada vai incidir num quadro de crise aguda e colocará em questão o próprio governo Macri. Todo apoio à luta dos trabalhadores argentinos!