A educação superior vem sendo destruída pelo governo Temer. No ensino pago as restrições do Prouni e o “novo Fies” retiram milhões das salas de aula e os que permanecem têm de lidar com um número maior de disciplinas à distância. As universidades públicas são mantidas sob duro arrocho financeiro que gera demissões, paralisação de obras e redução das verbas de pesquisa. Desde o movimento nacional de ocupações em 2016 até uma série de lutas parciais como a greve da Universidade Federal do Mato Grosso esse ano, os estudantes já mostraram sua disposição para resistir aos ataques.
A UNE, que aprovou plataforma eleitoral no CONEG (Conselho de Entidades Gerais) de julho, decidiu não apoiar nenhum candidato no primeiro turno das eleições e, ao mesmo tempo, sua direção decidiu jogar seus recursos numa campanha contra Jair Bolsonaro.
Bolsonaro de fato representa uma ameaça aos direitos da juventude. Mas apenas combatê-lo é, na prática, dizer que qualquer outro candidato que assumir a Presidência da República é razoável no que tange aos interesses da juventude.
É voto 13!
Nesse momento se faz crucial engajar a juventude numa candidatura que se eleja para reverter todas as medidas do golpe como a entrega do Pré-sal, a EC 95, a reforma do ensino médio, medidas previstas no plano de governo do PT. E que a partir daí possa retomar o investimento real nas universidades públicas, assegurando a conclusão da expansão universitária, a sustentação da produção científica e as políticas de assistência estudantil.
Com Lula impedido de ser candidato numa perseguição jurídica, agora Haddad é Lula! E PT segue de pé sendo o único partido que tem condições de responder aos anseios da juventude. Sobretudo com o compromissso da convocação de uma Assembleia Constituinte para refundar as instituições e aí sim ter condições para executar um programa que priorize a educação e os demais serviços públicos, abrindo via para um futuro digno com condições adequadas para nossas universidades.
Hélio Barreto
SERVE QUALQUER UM CONTRA BOLSONARO?
Um movimento “Mulheres unidas contra Bolsonaro”, que se iniciou com um grupo no Facebook, agora organiza atos em várias cidades. Dele participam eleitoras de todos os candidatos, “de direita ou esquerda”, “qualquer coisa para derrotar o Bolsonaro!”.
Não, não basta derrotar Bolsonaro. O lugar que o candidato do PSL hoje ocupa na eleição é resultado direto da política golpista, uma candidatura estimulada pela podridão das instituições, com as quais Alckmin, Ciro, Marina, Amoedo, etc. não querem romper. E por isso são candidatos em cujos governos seriam negados os direitos ao povo e às mulheres.
Para frear o recrudescimento da opressão das mulheres após o golpe e avançar na conquista de direitos, é preciso abrir uma saída política para o país – o que só um partido fortemente enraizado na classe trabalhadora e com um programa que se proponha a isso pode fazer. Só o 13 pode derrotar Bolsonaro e o golpe!