Guerra: “Não queremos ser cúmplices”

O movimento operário internacional, e não só os povos ucraniano e russo, está chamado a rejeitar o jogo da guerra, jogado entre Otan, Putin e União Europeia. Um divisor de águas na luta da classe trabalhadora para livrar a humanidade da barbárie oferecida pelo capitalismo, o rechaço à guerra manifesta-se em vários países da Europa. Num combate que é, ao mesmo tempo, aos seus próprios governos. Trabalhadores, organizações e dirigentes políticos dizem Não à Guerra!

Na Itália os trabalhadores do aeroporto de Pisa se recusaram a embargar carga para a Ucrânia que, travestida de ajuda humanitária (remédios e alimentos), na verdade era de armas, munições e explosivos.

“Uma terrível surpresa que confirma o clima de guerra para o qual o governo Draghi está nos arrastando”, diz o sindicato USB (União Sindical de Base), alertado pelos aeroportuários.

Os estivadores de Livorno, o porto mais próximo de Pisa, se solidarizaram com os trabalhadores do aeroporto condenando “uma propaganda de guerra que faz-nos acreditar que para obter a paz, devemos enviar armas para a Ucrânia. Nós estivadores recusamos tudo isso. Estamos ao lado dos trabalhadores da Ucrânia, Donbass e Rússia e não queremos ser cúmplices neste conflito”.

Na Inglaterra a coalizão Stop the War, criada em 2001 durante a guerra do Afeganistão, da qual participam deputados do Labour Party, ligados a Jeremy Corbyn, em manifesto afirma o direito à autodeterminação do povo ucraniano e conclama a unidade “para combater a postura agressiva do governo britânico”.

Na Alemanha, o ex-dirigente do Partido Social-Democrata (SPD), rompe com o Die Linke (A Esquerda), partido que fundou em 2007, em função da posição sobre a guerra.

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