Luta pela revogação do Novo Ensino Médio

Sindicatos organizam delegações ao ato em Brasília no dia 9 de agosto convocado pela CNTE

A mobilização pela revogação da Reforma do Ensino Médio foi destaque no primeiro semestre de 2023. Neste começo do segundo semestre, teremos uma nova jornada de mobilização no dia 9 de agosto em Brasília.

O Ministério da Educação ainda não divulgou quais as mudanças efetivas que vai propor e nem os resultados da consulta que fez aos docentes e estudantes sobre o Novo Ensino Médio. 

Segundo um servidor do MEC, “há pressões por parte dos Secretários de Educação que declararam que a Consulta foi feita para revogar o Novo Ensino Médio”. Mas, na realidade, quem respondeu a consulta viu que era muito mais enviesada para, como explica um professor da rede pública estadual de São Paulo, fazer uma  “reforma” da Reforma do Ensino Médio, pois, de cada cinco alternativas, apenas uma apontava para o questionamento do NEM.

Mobilizações pelo Brasil
No Rio Grande do Sul, o CPERS, sindicato dos profissionais da educação estadual, decidiu jogar peso na mobilização. Segundo o professor Luiz Becker, dirigente do 14° Núcleo do CPERS, na região de Portão, “o CPERS disponibilizou 10 ônibus aos educadores/as para participarem deste ato”. Para o dirigente sindical gaúcho, é necessário “fazer pressão junto ao MEC e ao Congresso Nacional, exigindo a revogação do NEM e defesa da pauta da educação pública”. 

Em Mato Grosso, foi o congresso estadual da CUT que tomou a iniciativa. Segundo o professor Robinson Ciréia, secretário de articulação sindical da CUT-MT, “por ora, garantimos um ônibus com 44 lugares com representação do sindicato dos profissionais de educação Sintep – MT e dos outros demais sindicatos da base da CUT e dos estudantes, porque, para nós, a revogação do Novo Ensino Médio não é uma pauta apenas dos trabalhadores da educação, é uma pauta de toda a classe trabalhadora e da juventude”.

Em Santa Catarina, também há mobilização. De acordo com o professor Osvaldo França, diretor do Sinte – SC, “o sindicato decidiu responder positivamente ao chamado da CNTE”. Ele confirma que estão se mobilizando para “garantir dois ônibus de trabalhadores da categoria e estudantes”.

Alexandre Linares

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