A nova diretoria da UNE eleita no 59° Congresso da União Nacional dos Estudantes (CONUNE) tomou posse dia 31 de agosto no Memorial Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB). Léo Rondon assumiu como diretor de assistência estudantil, representando a tese “UNE é pra Lutar”. A posse ocorreu em meio a diversas manifestações em universidades onde os estudantes reclamam sobre a precariedade das políticas de assistência estudantil, a exemplo dos Restaurante Universitário da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde mais de 1000 pessoas passaram mal após comer. Isso levou os estudantes a se manifestarem para denunciar a situação precária do restaurante.
Diante desses problemas, Léo publicou uma carta chamando os estudantes para lutar por mais verbas para assistência estudantil. A carta diz: “Agora, é a hora de lutar para permanecer na universidade e, por isso, precisamos unir nossas forças para obter uma ampliação dos recursos necessários para manter as moradias estudantis, as bolsas de permanência, os Restaurantes Universitários, entre outros, no Orçamento de 2024. Queremos uma nova política nacional de assistência estudantil e consolidar o Pnaes (Plano Nacional de Assistência Estudantil) em lei federal, como afirma a campanha da UNE. Porém apenas aprovar a lei do Pnaes não resolve o problema, precisamos lutar para que ele tenha recursos suficientes para financiar todos os estudantes que precisam da assistência estudantil.”
Além disso, o documento explica que “o Pnaes recebe cerca de R$ 1,2 bilhões, mas não dá conta sequer de manter a estrutura existente nas universidades para assistência estudantil. Um estudo feito em 2019 pela Andifes (Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais) e pelo Fonaprace (Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Estudantis) estima que o Pnaes necessitaria de R$ 2,5 bilhões de reais.”
Ao final, a carta conclui com o seguinte chamado: “Nós precisamos nos mobilizar em torno dessa luta agora, pois está em discussão, no Congresso Nacional, o Orçamento de 2024 e há muitas questões não resolvidas sobre como ficarão os recursos para as universidades no ano que vem, com a votação do arcabouço fiscal. Nos dirigimos a todos Centros Acadêmicos, DCEs e Grêmios dos Institutos Federais (IFs) para discutir a luta por R$ 2,5 bilhões para o Pnaes no Orçamento de 2024 já no próximo ano.”