Não à guerra

Publicamos abaixo a declaração internacional lançada por 375 militantes de 14 países e já assinada por centenas de militantes e lideranças de mais de 40 países em todo o globo.

A guerra que se desenvolve na Europa já tem consequências políticas e econômicas em todo o mundo. Representa uma ameaça mortal para todos os povos da Europa e de todos os continentes.

Para preservar a humanidade, devemos parar esta marcha à barbárie. A guerra de Putin, como a da Otan implementada por Zelensky, não é nossa guerra. Não estamos em guerra nem com o povo russo nem com o povo ucraniano. Queremos paz para o povo russo e para o povo ucraniano.

Ao invadir a Ucrânia, Putin embarcou em uma aventura criminosa sem saída para o povo russo e o povo ucraniano. Putin não defende o povo russo. Exigimos a retirada das tropas do exército de Putin.

O governo estadunidense, à frente da Otan, não defende o povo ucraniano, mas sim os interesses dos monopólios que querem apoderar-se das importantes riquezas da Rússia, como fizeram no Iraque a pretexto de armas de destruição em massa que não existiam.

Não aceitamos que esta guerra seja usada para colocar as pessoas umas contra as outras.

Não aceitamos a recusa reiterada de Biden, da União Europeia e de Putin a um cessar-fogo imediato e ao fim da guerra.

A que isso leva?
• Que a União Europeia treine 15.000 soldados ucranianos em nome de que a guerra deve durar muito tempo, sem cessar-fogo, até a derrota da Rússia, sendo a chave os mortos, os feridos, os refugiados;
• Que os dirigentes dos nossos Estados entreguem armas que matam e ferem centenas de milhares de seres humanos de ambos os lados com a sua quota de matanças, refugiados, destruição, remetendo às piores imagens das guerras que já assolaram o continente europeu;
• Às “sanções econômicas” contra o povo russo, exigidas pelo governo estadunidense, que são usadas para disparar os preços, os lucros recordes dos trustes e oligarcas do petróleo, para a compra em massa de gás de xisto, e um início de colapso industrial na Europa;
• Que em todos os países europeus, os governos submetem aos parlamentos aumentos de orçamentos militares que os parlamentos votam liberando enormes somas para o exército;
• Que bilhões e bilhões sejam usados ​​para o armamento da Ucrânia em benefício da indústria armamentista e em detrimento das populações trabalhadoras com cortes em todos os orçamentos públicos, hospitais, escolas etc.

Em muitos países europeus, as manifestações pela paz, contra a guerra, expressam o repúdio a esta marcha à barbárie dos povos da velha Europa, já berço de duas guerras mundiais.

Estamos soando o alarme: essa escalada pode levar a uma catástrofe global.

Não seremos cúmplices. Apelamos a todos os trabalhadores e ativistas da Europa para unirem forças para acabar com esta espiral mortal e esta carnificina, pelo fim da guerra e um cessar-fogo imediato!

ALGUMAS ASSINATURAS
■ ALEMANHA – Altmann Michael, sindicalista do Ver.di, militante do SPD AfA; Boulboullé Carla, sindicalista do GEW, redator da SoPoDe (Política Social e Democracia); Klingmüller Ursula, ex-chefe do Ministério do Trabalho do Land de Brandenburgo;Matzke Cornelia, médica, ex-deputada do parlamento saxônico após a reunificação de 1989;
■ ARGÉLIA – Luisa Hanune, secretária-geral do Partido dos Trabalhadores.
■ AUSTRIA- Magnus Axel, sindicalista, militante social-democrata.
■ AZ NIA-ÁFRICA DO SUL – Lybon Mabasa, Presidente do Partido Socialista da Azânia (Sopa).
■ BÉLGICA- Galand Pierre, senador honorário; Henrotte Thomas, militante da FGTB, presidente do setor provincial da CGSP (educação – Liège); Verhaegen Mathieu, militante da FGTB, presidente da CGSP ALR (Bruxelas);
■ BRASIL – José Genoino, ex-presidente do PT; Luis Eduardo Greenhalgh, advogado, membro do Diretório Nacional do PT; Paulo Moreira Leite , jornalista; Markus Sokol, membro da Executiva Nacional do PT; Eduardo Suplicy, vereador e deputado estadual eleito do PT.
■ BULGARIE – Tsoneva Rumiana, représentante du secteur non gouvernemental Open data enthusiast.
■ BURKINA FASO – Diallo Moussa, secretário-geral da CGT-B; Gannoaga Ouedraogo, Sindicato dos Pescadores.
■ CHILE – Mesina Luis, sindicalista setor bancário.
■ COSTA DO MARFIM – Pacôme Attaby, em nome da diretoria executiva do CSSP-CI (serviços públicos).
■ DINAMARCA – Schou Anton, sindicalista, professor aposentado, membro do Movimento Popular contra a União Europeia; Von Barnekow Anne Mette, ex-conselheira municipal pela lista do Partido Popular Socialista (SF).
■ ESPANHA – Álvarez García Gerard, deputado no Congresso (grupo republicano); Caballero Jordi Albert, deputado do parlamento da Catalunha pela ERC; Pasero Barrajón Ángel, militante do Partido Comunista Espanhol, secretário federal da União Cívica da República (UCR); Sánchez Mato Carlos, membro da liderança da Izquierda Unida (IU) Vila Gómez Miguel, ex-deputado do Congresso Unidas-Podemos;
■ ESTADOS UNIDOS – Ceballos Marlena, sindicalista professora.
■ EQUADOR – Gualpa César, sindicalista, membro do coletivo Plaza Grande em Quito.
■ FRANÇA – Bourgasser Mathieu, do Partido Socialista, vice-prefeito de Tournefeuille; Coulomme Jean-François, deputado da LFI-Nupes; Couturier Catherine, deputada da LFI-Nupes;Gries Aurélie, vice-prefeito de Lyon, da LFI;Legavre Jérôme, deputado da LFI-Nupes; Taïbi Azzedine, prefeito de Stains;Taurinya Andrée, deputada da LFI-Nupes;Yazid Amaar, sindicalista de serviços públicos.
■ GANA – Vanderuije Christian, Federação do Trabalho de Gana.
■ GRÃ-BRETANHA- Bresheeth Zabner Haim, cineasta, autor, professor associado da Escola de Estudos Orientais e Africanos de Londres.
■ GRÉCIA – Mavroeidis Panagiotis, membro do comitê central da NAR (Nova Corrente de Esquerda); Papanikolaou Panos, secretário geral do EINAP (Sindicato dos Médicos Hospitalares de Atenas e Pireus);Toulgaridis Kostas, membro do comitê executivo da ADEDY (Confederação de Serviço Público).
■ ITÁLIA – De Magistris Luigi, porta-voz da Unione Popolare, ex-prefeito de Nápoles; Granato Giuliano, militante da Unione Popolare, porta-voz da Potere Al Popolo; Pilan Mattia, militante do Sinistra Italiana – Vicenza; Colettivo Autonomo do porto de Gênova ; União Sindacal de Base do porto de Gênova (USB).
■ LÍBANO – El Husaini Khadije, militante operário
■ MALI – Guitteye Moustapha, secretário-geral do sindicato nacional da Educação e Cultura, membro da UNTM (SNEC-UNTM).
■ MOLDAVIA – Polyarush Vladimir.
■ NIGERIA -Djibo Amadou, dirigente sindical da CGSL; Sindicato de Estudantes da Universidade de Zinder.
■ PORTUGAL – Pereira Carmelinda, deputada Constituinte (1975-1976), membro da direção do SPGL;Tomé Mário, soldado de abril de 1974, ex-membro da União Democrática Popular; Vasconcelos João, professor, ex-membro do Bloco de Esquerda (BE);Vintém Diogo, membro da comissão nacional da Juventude Socialista.
■ ROMÊNIA – Chitiburea Vasile, secretário do comitê de Craiova da Associação para a Emancipação dos Trabalhadores; Popescu Mugurel, presidente do sindicato Solidariedade Universitária; Somîcu Silviu, militante operário, ex-deputado.
■ SENEGAL – Diouf Charles Oumar, membro do Sindicato dos Trabalhadores do Senegal Autêntico.
■ SÉRVIA – Milikic Nebojsa, pesquisador e militante do No Rehabilitation e do ReEx;
■ SUÉCIA – Carlstedt Marcus, Sindicalista professora
■ SUÍÇA – Nouchi Fred, conselheiro municipal, presidente do POP; Paggani Rémi, deputado da esquerda, ex-prefeito de Genebra; Patiño Alejo, secretário sindical do setor industrial; Pestoni Graziano, sindicalista do serviço público, ex-deputado do PS;Thurnherr Hans, membro do Partido Socialista (PS), líder da corrente da Luta Socialista; Velasco Alberto, deputado socialista;
■ TOGO – Gbikpi-Benissan Tétévi Norbert, secretário nacional do Partido Democrata dos Trabalhadores Rurais e Urbanos (Padet).

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