O drama e a luta dos contratados temporários da educação no Mato Grosso durante a Pandemia

Profissionais da educação no Mato Grosso ficaram sem trabalho e renda em plena crise sanitária do COVID 19. A política do governador Mauro Mendes (DEM) é a precarização e perseguição politica dos trabalhadores.

A rede pública estadual tem dois calendários letivos, diferenciando as escolas que participaram e não participaram da greve de 2019. Na semana da atribuição de aulas das escolas que estiveram em greve, o país estava às vésperas de entrar em quarentena, e a Secretaria de Educação, deliberadamente, atrasou o processo, suspendendo todo o calendário letivo dessas escolas.

Assim, os profissionais que estiveram na greve ficaram sem contrato e salários. Em entrevista, o governador jogou a responsabilidade no SINTEP-MT por ter dirigido a greve de 2019 e atrasado o ano letivo, motivo pelo qual os trabalhadores estavam sem contrato, segundo ele. Na verdade, antes mesmo do início do Decreto assinado pelo governador, determinando o isolamento social, as atribuições de aulas aos trabalhadores interinos já estavam atrasadas.

É uma verdadeira perseguição! O governo ataca o sindicato e o movimento de greve, enquanto deixa trabalhadores jogados à própria sorte. Inventou uma plataforma digital que não garante a mínima qualidade na educação e aumenta as desigualdades entre os estudantes, uma vez que a maior parte não tem acesso livre à internet. Nesses casos, o governo ofereceu apostilas que precisam ser buscadas nas escolas, o que rompe o isolamento, colocando em risco estudantes e seus familiares.

A categoria, por meio do SINTEP, pode e deve negociar com o governo medidas alternativas que garantam os direitos aos nossos colegas sem contrato. O governador diz que não tem o que negociar, sob argumento de que contratar seria ilegal.

Com isso, os profissionais da educação e seu sindicato estão fazendo uma campanha pela garantia dos contratos nas redes sociais e negociando uma intervenção da Assembleia Legislativa para poder resolver o problema. A categoria está fazendo também uma campanha de arrecadação de cestas básicas para os profissionais mais necessitados.

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