O PT paulistano terminou no dia 1 de junho o 4º Congresso das Zonais, com um quórum apertado de 387 delegados. Mas mesmo antes dos debates do 7o Congresso do PT, o evento foi um termômetro.
O texto base da Executiva Municipal, não fazia balanço da gestão de Fernando Haddad na Prefeitura (2013-2016), mas falava dos governos Doria/Bruno Covas como interrupção do de Haddad “que vinha dando certo”. Deu certo, mas perdeu no 1o turno, como assim?
Os petistas da Capital se orgulham do candidato indicado por Lula para substituí-lo em 2018. Mas não esquecem dos problemas, inclusive as justas greves contra a gestão. Por isso, nos grupos de discussão, os delegados do Diálogo e Ação Petista propuseram uma emenda substitutiva na menção à gestão Haddad “que merece um balanço, ainda por ser feito”
A pequena mudança que pedia um debate foi rejeitada na Comissão de sistematização, e apresentada em plenário, como proposta de abrir o debate de balanço da gestão Haddad. Muitos dirigentes se surpreenderam quando foi aprovada por mais de 60% dos delegados!
Partido decidirá candidatura
Outros pontos levados pelo DAP foram incorporados, como a taxação dos ricos ampliando o IPTU progressivo e a retomada da questão da renegociação da dívida que sufoca o orçamento.
Já o vereador Eduardo Suplicy defendeu, junto com o deputado federal Carlos Zarattini, uma “prévia comum dos partidos progressistas” (“PT, PSOL, PCdoB, PSB, PDT, Rede, PCB e outros”) para escolher os nomes a prefeito e vice. Ela seria aberta a filiados “e simpatizantes”. A proposta foi rejeitada pela grande maioria que seguiu Jilmar Tatto. Afinal, quem quiser tem direito de defender aliança na cabeça de chapa, mas o PT deve poder decidir, sem se dissolver previamente numa “frente progressista”.