Praticamente ignoradas pelos grandes meios de comunicação nacional (os telejornais noticiam as ocupações somente em seus programas locais), crescem as ocupações de escolas e universidades contra a reforma do ensino médio e a PEC 241.
Segundo levantamento, o movimento já alcançou 19 estados em todo o país; atinge mais de mil escolas secundaristas segundo a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES). Já são 81 Institutos Federais de Educação e 51 Universidades (clique aqui e veja a lista divulgada pela UNE).
O movimento é uma reação à ofensiva do governo golpista sobre a educação principalmente contra a Emenda Constitucional (PEC) nº 241, que congela os gastos públicos por 20 anos e a reforma do Ensino Médio (clique aqui e leia mais sobre a reforma do ensino médio), via Medida Provisória (MP).
As mobilizações nas escolas de segundo grau concentram-se no Paraná, onde já são mais de 600 escolas ocupadas em mais de uma centena de municípios, onde tem início a discussão sobre a formação de comandos e sua centralização. Rio Grande do Norte e Minas Gerais são, pela ordem, os estados onde o movimento é mais forme.
O ministro golpista da educação Mendonça Filho ameaça cancelar o ENEN, a ser realizado em 5 e 6 de novembro nas escolas ocupadas onde, segundo o MEC, 95 mil estudantes farão seus exames. Outra ação do governo, típica de um estado de exceção, é o pedido para que os Institutos de Educação Federal (as escolas técnicas), enviem ao MEC a lista dos alunos que participam das ocupações.
Frente às ameaças, está correta a manifestação de uma dirigente da UBES do Paraná, quando afirma: “se o governo que garantir a realização do ENEN, basta retirar a MP do Ensino médio”.
É isso aí! Desocupação só com a retirada!