“O Partido dos Trabalhadores nasce da vontade de independência política dos trabalhadores, já cansados de servir de massa de manobra para os políticos e os partidos comprometidos com a manutenção da atual ordem econômica, social e política. Nasce, portanto, da vontade de emancipação das massas populares.
O PT afirma seu compromisso com a democracia plena e exercida diretamente pelas massas. Neste sentido proclama que sua participação em eleições e suas atividades parlamentares se subordinarão ao objetivo de organizar as massas exploradas e suas lutas.
O PT buscará conquistar a liberdade para que o povo possa construir uma sociedade igualitária, onde não haja explorados nem exploradores. O PT manifesta sua solidariedade à luta de todas as massas oprimidas do mundo.” (Manifesto de fundação do PT,10/02/1980, Colégio Sion, SP).
Assim foi fundado o PT há 39 anos – emancipador, democrático e contra a exploração -, o que a classe dominante realmente nunca aceitou, apenas suportou. Com o golpe e, agora, com Bolsonaro no governo, ela sente-se capaz de destruí-lo. A prisão de Lula é parte desse intento. Mas o PT segue resistindo.
Em 39 anos, à direita e à esquerda, não faltaram anúncios do fim do PT ou de sua cooptação à ordem. Várias lideranças saíram para outros projetos, uns mais legítimos que outros. Mas, regra geral, deram com os burros n’água. Ou não criaram nada superior e tiveram que, às vezes atrasados, sair contra o impeachment e contra a prisão de Lula que nem imaginavam. Ou se integraram a outras experiências, estas sim, completamente esgotadas, e foram depois esquecidos.
“Eleições subordinadas à organização das massas”
Não que faltem problemas no PT – discutidos em nosso jornal -, eles abundam, são graves e se ligam à maior derrota após 14 anos no governo. Problemas que se pode ver na ação de certos governadores.
Mas é no terreno do PT, com a raiz entre os trabalhadores que vem da história assentada no Manifesto de fundação – que a solução dos problemas pode ser buscada, em conexão com o movimento destes trabalhadores. É o que buscam O Trabalho e o Diálogo e Ação Petista.
Um partido de militantes, onde parlamentares, governadores e prefeitos, ao lado de jovens, homens e mulheres, todos tem lugar. Um partido onde “a participação em eleições se subordina ao objetivo de organizar as massas exploradas”.
Hoje, esse partido, com Lula Livre, é mais necessário que nunca!
Markus Sokol