MERCADO VÊ MARINA COMO ANTÍDOTO CONTRA DILMA.
REAÇÃO DO PT É NECESSÁRIA PARA NEUTRALIZAR CERCO E PASSA POR ABRAÇAR O PLEBISCITO CONSTITUINTE.
Às vésperas do início da campanha no rádio e na TV, a morte de Eduardo Campos com a confirmação de Marina como sua substituta na candidatura presidencial do PSB mudou o quadro eleitoral.
As pesquisas apressaram-se a apontar 20% de intenções de voto na ex – petista e ex – verde em contraste com os 8% que tinha Eduardo. É prematuro acreditar, como diz a interessada mídia, que tal percentual resista no tempo, mas seria ingênuo ignorar a operação em curso para isolar e cercar Dilma, com “dois candidatos de peso”, Marina e Aécio, que se uniriam contra a candidata do PT forçando um segundo turno.
O blog “folhapolitica.org” estampa como manchete: “Mercado aprova Marina como antídoto contra Dilma e Bolsa de Valores dispara mais de 2%”.
Na chamada “base aliada” do governo, o novo cenário levou Romero Jucá (PMDB/RR), ex – líder no Senado de Lula e Dilma, a abrir o jogo numa reunião com economistas em seu estado: “A gente tinha duas opções de voto: era o Aécio e o Eduardo. Hoje perdemos uma. Não quero influenciar ninguém, mas eu vou falar meu voto. Eu vou votar no Aécio”. Com aliados como esse, ninguém precisa de inimigos.
Jucá não é o único dentro do PMDB que prioriza os tucanos contra o PT e que em vários estados está contra candidatos petistas ao governo. Sua franqueza mostra o que está em jogo ao dizer que: “o PT reduz a produtividade do empresário porque quer aumentar direitos sociais (…) estamos discutindo aqui a competitividade do produto brasileiro com o produto chinês, que não tem INSS, não tem licenciamento ambiental (…) estamos aqui discutindo se a gente vai baixar de 44 para 40 horas semanais a capacidade de trabalho do trabalhador brasileiro”.
A montagem do cerco a Dilma, está claro, responde a interesses de classe, no caso da classe capitalista brasileira servil e dependente do imperialismo. Militantes do PT engajados na campanha eleitoral dizem “temos que reagir”, e eles têm razão.
A falta de reação do partido e de seus candidatos, a começar por Dilma, pode levar os 25-30% que declaravam voto nulo, branco ou abstenção a migrar para Marina.
Neste percentual, certamente, há uma grande quantidade de jovens que nas ruas de junho de 2013 disseram alto e em bom som que “os políticos não nos representam”, “com esse Congresso não dá”.
Ora, que iniciativa melhor poderia haver senão Dilma e o PT abraçarem de fato o Plebiscito Popular pela Constituinte do Sistema Política que se dará de 1 a 7 de setembro?
Não foi a própria presidente Dilma quem lançou a proposta em rede nacional de TV em junho do ano passado, respondendo ao que vinha das ruas?
Mais do que nunca é preciso dar toda a força ao Plebiscito Popular Constituinte.
Dilma assuma o Plebiscito e seus resultados na campanha eleitoral!