O sindicato dos servidores públicos municipais de São Paulo (SINDSEP) e o sindicato de jornalistas do estado de São Paulo (SJSP) realizaram nesta quinta feira (29) um ato conjunto na porta do Hospital municipal do Tatuapé, respeitando as medidas de isolamento social.
O ato, que homenageou dois trabalhadores mortos por Covid-19 no hospital, o auxiliar de enfermagem Augusto da Silva e o enfermeiro Idalgo Moura dos Santos, também denunciou o assédio, a perseguição e o remanejamento de trabalhadores que relataram a jornalistas as péssimas condições de trabalho e a falta de equipamentos de proteção individual adequados, que tiveram ampla repercussão na mídia.
Durante o ato o presidente do sindicato dos jornalistas, Paulo Zocchi, denunciou o fato de que a prefeitura de SP está solicitando à Controladoria Geral do Municipio que puna os servidores que informaram à imprensa sobre a situação. Para Zocchi “A atividade da imprensa se fez sentir através das matérias jornalísticas mostrando a realidade do Hospital do Tatuapé”. Ainda frisou, “isso é liberdade de imprensa. Isso é o dever de informar o cidadão”.
Para João Gabriel, vice presidente do SINDSEP “Falta EPI na Prefeitura de São Paulo, mas sobra mordaça”. No ato ele ainda deu um recado importante a todos os trabalhadores que estão sofrendo ou já sofreram assédio e perseguição, “se os trabalhadores deste hospital não puderem sair até aqui fora, nós vamos ser as pernas e as mãos deles. Se estes trabalhadores não puderem mais gritar, nós vamos ser a voz destes trabalhadores.”