Sete medidas da hora!

O jornal O Trabalho, na edição anterior, 875, apresentou sete medidas de emergência para a crise social e sanitária. Plenárias da corrente O Trabalho do PT estão discutindo e precisando as propostas que são submetidas à discussão no Diálogo e Ação Petista e com outros companheiros do PT, dos sindicatos, da juventude e dos movimentos sociais.
Publicamos agora, uma versão enriquecida, mas necessariamente focada e curta, para ser acessível à massa trabalhadora ler, debater e opinar.

Já explicamos em OT 875, que a hora não é para planos de 220 páginas destinadas a debates acadêmicos ou à reflexão esperando 2022, embora, em nossa opinião, se possa achar no longo Plano de Reconstrução do PT algumas propostas úteis (e outras discutíveis ou erradas).

Forma e conteúdo! Nosso objetivo com essas medidas – alavancar a luta pelo Fim do governo Bolsonaro a partir das lutas concretas – está retomado e explicado na conclusão mais abaixo.

Medidas de emergência
1 Tabelamento dos preços dos alimentos da cesta básica – arroz, feijão, óleo de soja, ovos e carne – voltando o apoio aos pequenos agricultores e com estoques reguladores;
2 Saúde, Testagem eficiente em massa, Verbas para o SUS, Fim das Organizações Sociais; Revogação do teto de gastos;
3 Emprego, Nenhuma Demissão, cinco milhões de vagas em Obras públicas; Aumento real do salário mínimo – Abono extra devido aos anos sem aumento;
4 Auxílio emergencial de R$ 600 enquanto durar a pandemia; novo “Mais Bolsa Família”, pelo menos R$ 600 por pessoa;
5 Educação, condições seguras (testagem e outras) para volta às aulas; Bolsas estudantis; Merenda desde a educação básica; Respeito da autonomia das universidades;
6 Orçamentos, suspensão da dívida dos municípios, tributação emergencial sobre os mais ricos para expandir os serviços públicos em todas as cidades; criação de programas de aluguel social;
7 Democracia, fim dos privilégios de carreira da cúpula militar; Anulação de todas medidas obscurantistas contra a Arte e a Cultura; Direitos políticos para Lula – Anula STF! Revogação da Lei de Segurança Nacional (1983)

Estas devem ser algumas das medidas de emergência do PT para unir a oposição popular, sindical e democrática. Aí se inclui o combate aos ataques da coalizão golpista, salvar a Petrobras, a Caixa e os Correios da privatização, e o Não à Reforma Administrativa.
As medidas de emergência são exigências para alavancar o combate pelo Fim do governo Bolsonaro – o quanto antes melhor!

Vamos à luta, agora, já, com um olho no Voto nos candidatos do PT nestas eleições municipais, e outro olho no futuro da reconstrução do país!

Markus Sokol


 

Alianças X Isolamento?

É uma falsa questão.

A grande mídia põe a isca e saem dirigentes do PT “intimidados” a gastar discurso para provar que o PT tem alianças eleitorais com o PDT, PSB, PCdoB e PSOL em dezenas municípios.

Meia-verdade também é meia-mentira!

No caso, porque os dirigentes não contam as centenas de alianças com a direita (“centrão” – MDB, PP, PSD, SDD etc.), porque não acabam com as várias alianças com a extrema-direita (PSL, PSC, Republicanos etc.)?

A verdade é que as alianças possíveis e necessárias são aquelas propostas no 7º Congresso do PT, com o PCdoB, PSOL, e os setores populares do PSB, do PDT e outros. Logicamente, foram os únicos setores políticos que vieram debater o Plano do PT com Lula.

Voltaremos ao tema quando o balanço dos registros eleitorais no TSE for divulgado.

E, desde já, é voto PT, 13 na cabeça!


A questão do Plano

Na edição 875, registramos “a oportunidade, nesta conjuntura, de um plano de medidas de caráter emergencial para alavancar a luta contra o governo Bolsonaro. Mas predominou a proposta de um largo texto de mais de 220 páginas preparado pela FPA – com partes analíticas, partes emergenciais e partes de plano de governo detalhadas – texto que pouca gente leu, mesmo no DN onde havia centenas de emendas.

Agora, se procurar bem no oceano propositivo do Plano, se encontrará propostas importantes como a Revogação da Reforma Trabalhista, do Teto de Gastos, a revisão da privatização da Embraer, por exemplo, e, inclusive, uma reforma radical do Estado através de uma Constituinte Soberana (está pendente a recuperação da redação do 7º Congresso do PT que previa “inclusive uma reforma militar”).

Mas tudo isso precisa procurar nas 220 páginas, onde também se acha a defesa de concessões privadas, Parcerias Público-Privadas etc. e outras coisas na contramão da tradição petista. Mas há um problema maior de foco ou, dito de outro modo, qual a função de um Plano hoje? (…) estamos na boca das eleições municipais, as quais nem são citadas no Plano! (…).

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