Situação exige uma ofensiva do PT

Compromisso com a mudança para derrotar Aécio e Campos

A eleição de 2014 será uma das mais difíceis enfrentadas pelo PT, nisso acertam os dirigentes.

O imperialismo em crise quer recuperar cada palmo de terreno perdido elegendo seus representantes diretos para o governo. Foi-se o tempo em que toleravam governos que, mesmo sem romper com a submissão ao capital financeiro, buscavam se sustentar nas maiorias oprimidas. Reduziu-se a margem de manobra.

A truculência do PSDB ameaçando conquistas dos trabalhadores dos últimos 12 anos, como o reajuste real do salário mínimo, não é destempero de Aécio Neves. O PSDB revigora Fernando Henrique Cardoso, símbolo de governo entreguista da burguesia tupiniquim. É de um governo assim que o capital financeiro precisa – de mais privatizações, tudo para pagar o superávit primário aos banqueiros.

Eduardo Campos também está nesse jogo tentando apresentar-se como “cara nova”, mas sintonizado e confiável ao imperialismo.

As dificuldades, contudo, veem também de que em 12 anos no governo o PT não fez as profundas mudanças que a nação pede, gerando frieza e certa frustração.

O governo manteve a política de superávit primário.  Enquadrou o orçamento da União ao pagamento da dívida pública e não às necessidades sociais e acomodou-se aos aliados da “coalizão”: Sarney, Maluf, Kassab, Renan e outros, que controlam o Congresso.

Mas foi por tudo isso que em 2013 explodiram nas ruas problemas como saúde, educação e transporte públicos e a desmoralização do Congresso.

As ruas de junho-julho de 2013 devem ser as principais conselheiras da campanha de Dilma. Não haverá marqueteiro nem tempo de TV que substituam o engajamento do povo trabalhador com suas organizações para fazer frente à ofensiva reacionária.

A reeleição deve enfrentar os adversários combatendo as exigências do imperialismo, assumindo compromisso com as bandeiras tradicionais do PT como reforma agrária, dinheiro para os serviços públicos e não para a dívida, e controle pela nação de nossas riquezas.

Uma campanha de rua e de luta pelas mudanças necessárias, onde Dilma assuma o Plebiscito e a Constituinte para destravar tudo isso.

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