Os trabalhadores dos Correios, através da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares), filiada à CUT e seus sindicatos estão diante, novamente, de uma dura campanha salarial e luta para a defesa da estatal.
O General Floriano Peixoto que preside a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), seguindo a cartilha de Paulo Guedes e Bolsonaro, busca reduzir os direitos dos trabalhadores. Isso se arrasta desde 2020, quando o Acordo Coletivo de Trabalho foi completamente “rasgado” e várias conquistas foram perdidas.
A campanha salarial se desenvolve de forma dura, o que exigiria que a CUT buscasse unificar as campanhas salariais do 2º Semestre: bancários, petroleiros, que também são categorias nacionais, além dos metalúrgicos, estão também em mobilização. A unidade é necessária para preservar direitos e defender as estatais.
Trabalhadores exigem verdadeira negociação
Nas negociações a ECT finge que negocia, mas se recusa, nos fatos, a debater a pauta apresentada pela Fentect, chegando a interromper, numa audiência, a apresentação da federação. A proposta da empresa prevê apenas 90% do IPCA, (aproximadamente 10,5%), portanto sem recuperar as perdas salariais, e o fim do “Postal Saúde” (plano de saúde) com contratação de uma operadora de mercado com pagamento de mensalidade e coparticipação dos trabalhadores.
Além disso, a ECT quer censurar os trabalhadores, impondo a proibição de manifestações políticas. Inaceitável, essa proposta foi recusada pelos sindicatos.
O calendário de mobilização prevê ações para exigir o avanço das negociações, “estamos na campanha de Lula Presidente, mas desde já precisamos reverter os ataques à categoria e a classe trabalhadora como um todo”, afirma Osvaldo Silva Rodrigues, Diretor do Sincotelba (Correios da Bahia).
Ao mesmo tempo que os trabalhadores lutam pelo reajuste salarial, levantam a defesa dos Correios Público e Estatal, ameaçado por esse governo.
No fechamento desta edição foi realizado um dia de mobilização. Em 9 de agosto ocorre uma nova rodada de assembleias para avaliar a campanha salarial com o indicativo de greve para 31 de agosto.
João B. Gomes