Sob o falso pretexto do “direito de defesa” o estado sionista de Israel já deixou mais de 15 mil mortos, quase 7 mil crianças. Em Gaza, pessoas andam pelas ruas agitando bandeiras brancas, mas isso não impede os soldados israelenses de matá-las. O exército sionista justifica o bombardeio de hospitais porque haveria pessoas do Hamas nos porões!
Segundo o diretor do hospital indonésio em Gaza, “a situação hospitalar é insuportável, porque não há tratamento nem medicamentos e não podemos prestar serviços aos feridos. Não podemos realizar nenhuma cirurgia devido aos bombardeios que atingiram o hospital”.
Em todos os hospitais de Gaza já não há eletricidade. Pessoas são amputadas sem anestesia. As cesarianas são realizadas sem anestesia. Há pessoas doentes que morrem porque ninguém consegue mais tratá-las. Recém-nascidos morrem porque as incubadoras não funcionam.
Esta é a barbárie que está sendo imposta ao povo palestino.
Logo depois de estabelecer o acordo de cessar-fogo por alguns dias, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, fez questão de declarar que falar em fim da guerra era “um absurdo (…) Então, quero esclarecer: estamos em guerra, nós continuaremos em guerra; continuaremos em guerra até atingirmos todos os nossos objetivos”. Os seus objetivos estão claros: o extermínio do povo palestino. O nome disso é genocídio. Israel já retomou os bombardeios.
A máquina de guerra está em movimento. Dezenas de países investem cada vez mais nos orçamentos militares; só em 2022, esses gastos ultrapassaram a fabulosa cifra de 2,4 trilhões de dólares, números que crescem a cada ano.
O fato é que uma nova situação está emergindo em escala mundial. E ela ameaça arrastar todo o planeta.
Depois da
Ucrânia,
a Palestina
Ao mesmo tempo que assistimos a generalização das guerras, vemos também a multiplicação dos desastres climáticos, vemos os governos de todo tipo – incapazes de apresentar uma saída – afundarem-se em crise após crise. Na verdade, é o sistema capitalista que hegemoniza o planeta quem revela de maneira dramática a sua incapacidade de oferecer um presente e um futuro para a humanidade.
É contra estes senhores da guerra que estão à frente dos governos dos Estados Unidos, de Israel, dos países da Otan, e mesmo da Rússia, contra este putrefato sistema capitalista que nada tem a oferecer para a humanidade que os trabalhadores e os povos se revoltam e buscam uma saída.
O choque é inevitável. Não é exagero dizer que a sobrevivência da humanidade depende da capacidade dos trabalhadores e dos povos oprimidos de se organizarem para pôr abaixo esse sistema infernal.
Hoje, tudo se concentra em como ajudar essa luta dos trabalhadores e essa revolta a agir no terreno da independência de classe para deter a máquina de guerra capitalista e o genocídio em curso e para ampliar a sua organização.
O jornal O Trabalho se coloca a serviço desse debate e dessa luta lado a lado com os companheiros e companheiras do DAP. Uma luta que se traduz, neste momento, em nosso país, no reforço ao grito que ecoa em todas as manifestações de solidariedade ao povo palestino pelo mundo inteiro, exigindo um cessar fogo permanente. E, no Brasil, na ampla exigência dirigida ao governo Lula, para que rompa os acordos comerciais, militares, acadêmicos e diplomáticos, com o estado sionista de Israel, a exemplo do que estão fazendo outros países.