UNE convoca atos em 11 de agosto

Dezenas de jovens de 10 estados se reuniram em São Paulo no dia 2 de 22 a 24 de julho reuniram-se representantes de DCEs, UEEs e DAs no Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG da UNE) em São Paulo.

A instância aconteceu dias após Bolsonaro reunir embaixadores para ameaçar o processo eleitoral e reafirmar a possibilidade de não aceitar o resultado das urnas. Essa subida de tom golpista soma-se à violência política no país como foi o caso do assassinato a tiros do companheiro petista Marcelo Arruda por um bolsonarista.

Nos debates, estudantes apresentaram demandas importantes como a necessidade de reverter a redução na oferta de vagas pelo FIES e ProUni, combater o EAD nos cursos presenciais e reverter os cortes no orçamento da Educação, quando o governo anuncia novos cortes para cumprir o teto de gastos. Estudantes de diversas universidades afirmaram que essa política reduz a assistência estudantil, com corte de bolsas de permanência. Um sentimento correto, ao que se somou a defesa dos militantes da JR do PT da necessidade de revogação da Emenda Constitucional 95 que tem estrangulado o orçamento. Para isso seria necessário avançar no debate sobre a convocação de uma Constituinte Soberana com Lula na presidência.

Inicialmente a UJS, ligada ao PCdoB, propôs apenas dizer na resolução que Lula era o favorito nas pesquisas para derrotar Bolsonaro e que a saída seria uma “frente ampla contra o fascismo”. A mesma política que justificou eles desfilarem lado a lado com o MBL e o PSDB em 2021. Essa linha da frente ampla, no entanto, não impediu as ameaças golpistas de Bolsonaro e seus generais.

De outro lado, a Oposição de Esquerda (UP e PCB) preferiu atacar o PT e tentaram se esquivar do inevitável debate das eleições.
A JRdoPT defendeu que não tinha como deixar passar a tentativa de Bolsonaro de desrespeito ao voto popular e que o momento exigia que a UNE chamasse, nas ruas, o voto em Lula para reconstruir e transformar nosso país.

Após intenso debate e com participação da JPT e coletivos do Psol – dividindo a oposição – foi aprovado o apoio a Lula, algo inédito para a UNE, como decisão no 1º turno.

O conselho convocou por consenso o dia 11 de agosto como Dia Nacional de Mobilização “Fora Bolsonaro, em defesa da democracia e por eleições livres”. A decisão é importante para colocar o bloco na rua, exigir o respeito ao voto popular e levantar as reivindicações estudantis com medidas que apontem para mudanças profundas.

Victor Caique

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