No Haiti patrões burlam quarentena

Logo que surgiram no país os dois primeiros casos do coronavirus, em 19 de março, o governo decretou estado de emergência sanitária e o fechamento dos setores não essenciais, incluindo as tecelagens.

Pouco depois, sob pressão dos representantes dessas indústrias, o governo permitiu a reabertura de algumas delas argumentando que iriam produzir máscaras para o mercado local e macacões para os trabalhadores da saúde.

Mas, conforme denúncia da Central Nacional dos Operários Haitianos (CNOHA) com a Confederação dos Trabalhadores do Setor Público e Privado (CTSP) e duas outras entidades, a produção não foi reconvertida nem para máscaras nem macacões. Continuam a produzir roupas para exportar aos EUA.

Ademais, os patrões não adotaram medidas para evitar a contaminação dos trabalhadores. Não é observado o distanciamento social e a higiene deixa a desejar.

E como as fábricas estão funcionando com um efetivo reduzido são os patrões que escolhem quem vai trabalhar e eles deixam os sindicalistas de lado para impedir que eles denunciem as irregularidades e a exploração a que estão submetidos os trabalhadores cujos salários não foram aumentados conforme reivindicam os sindicatos.

Correspondente

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