O pessoal do Ministério dos Assuntos Sociais e do Trabalho do Haiti está espantado com o “bombardeio de mensagens”, vindas de todos os cantos das Américas e outros continentes, em favor dos trabalhadores das indústrias têxteis do país, informa Dominique St Eloi, coordenador geral da Central Nacional dos Operários Haitianos-CNOHA.
A campanha foi iniciada a partir de uma reunião do CILI – Comitê Internacional de Ligação e Intercâmbio. Ela denuncia a prática patronal, como descontar encargos sociais dos trabalhadores sem repassar aos órgãos competentes, o que levou ao falecimento de Sandra René, grávida de seis meses, por falta de atendimento médico; o hospital alegou que seu seguro-saúde não havia sido pago (mesmo tendo sido descontado de seu salário!).
Moção
Tomamos conhecimento do apelo da Central Nacional dos Operários Haitianos (CNOHA) e do Movimento de Liberdade e Igualdade dos Haitianos pela Fraternidade (MOLEGHAF), além de outras organizações sindicais, populares e camponesas do Haiti.
Declaramos em nome de nossa entidade que nos somamos às exigências levantadas pelos nossos irmãos haitianos:
– Fim da repressão anti-sindical e antipopular por parte do governo de Jovenel Moise e dos empresários;
– Fim da ingerência externa no Haiti, atualmente exercida via CORE-GROUP (representantes da ONU, Alemanha, Brasil, Canadá, Espanha, EUA, União Européia e OEA) e BINUH (Escritório Integrado das Nações Unidas no Haiti);
– Aumento salarial para os trabalhadores e trabalhadoras haitianos, respeito aos seus direitos sociais.
Encaminhar para:
julioturra@cut.org.br