Pachecão cumpre… com o mercado!

Eleito dia 2 com o voto unânime da bancada do PT, o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), já no dia seguinte, 3 de fevereiro, urdiu e aprovou por maioria a “autonomia do Banco Central”, bandeira histórica da direita pró-mercado.

A partir da esquerda, a bancada do PT: Rogerio de Carvalho (SE), Jean Paul Prates (RN), Paulo Paim (RS), Humberto Costa (PE), Paulo Rocha (PA) e Jaques Wagner (BA)
A partir da esquerda, a bancada do PT: Rogerio de
Carvalho (SE), Jean Paul Prates (RN), Paulo Paim
(RS), Humberto Costa (PE), Paulo Rocha (PA) e
Jaques Wagner (BA)

Surpresa?

Se você nunca tinha ouvido falar dele, não tem problema, o povo também não. Mas anote aí, porque eleito presidente do Senado com o apoio do PT, agora vai se ouvir falar do poderoso Pachecão.

No seminário do Grupo Prerrogativas, grupo de advogados alguns deles petistas, no último dia 20, Pacheco foi questionado sobre a nomeação de generais-ministros e respondeu claramente: “não posso recriminar e dizer que há um movimento de militarização, mas sim de escolha de pessoas que possam exercer esses papéis”.

Surpresa?

Na mesma ocasião, o capacho de Bolsonaro, Pacheco, ainda afirmou que “nós precisávamos das reformas trabalhistas, da Previdência e precisamos da reforma administrativa e da tributária”.

Mas já “sobre uma reforma política”, fechando com chave de ouro, “o presidente do Senado avaliou que não é o sistema eleitoral que define ‘a qualidade da classe política’” (OESP, 20/02/21).

Dileto filho da elite reacionária “representada” no Congresso, Pachecão foi o candidato apoiado pela bancada do PT para presidente do Senado. O argumento para justificá-lo foi que o advogado era “garantista” (garantidor de direitos). Pachecão, vamos combinar, é um garantidor do “mercado”!

A bancada do PT não se envergonha de tê-lo apoiado?

J.A.L.

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