Aumenta no PT a resistência ao Plano Levy

Senadores e lideranças dão nome aos bois

Com a participação de dois senadores do PT, Paulo Paim (PT-RS) e Lindbergh Farias (PT-RJ), onze congressistas divulgaram manifesto dia 20 anunciando que votarão contra as duas medidas provisórias 664 e 665 do ajuste fiscal.

O manifesto ainda tem o apoio de entidades, como o MST (Movimento dos Sem-Terra), CUT (Central Única dos Trabalhadores), e personalidades como Márcio Pochman, presidente da Fundação Perseu Abramo, do ex-ministro Samuel Pinheiro Guimarães, além do ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT).

“O desequilíbrio fiscal das contas do governo não é responsabilidade dos mais pobres, trabalhadores, aposentados e pensionistas. As causas desse desequilíbrio foram a desoneração fiscal de mais de R$ 100 bilhões concedida pelo governo às grandes empresas, as elevadas taxas de juros e a queda de arrecadação devido ao baixo crescimento no ano passado”, diz o manifesto.

“De forma direta, Lindbergh disse que a continuação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, impede a mudança de rumos de forma a não penalizar apenas os mais pobres. Questionado se estava pedindo a demissão do ministro, o senador petista disse que Levy dificilmente mudaria suas teses. — O Levy é um cara sincero, que defende suas teses. A gente não acredita que Levy vá mudar essa política econômica que está aí”. (site O Globo, 20/5).

A votação no Senado, assim, anuncia ser mais conturbada do que na Câmara dos Deputados, onde 10 parlamentares já se recusaram a votar contra os trabalhadores, cinco deles distribuindo notas explicando porque se retiravam do plenário. Depois, na discussão de uma emenda importante, outros quatro deputados votaram contra o atual “fator previdenciário” defendido pelo governo e a favor do critério chamado 85/ 95, inclusive o relator da matéria, Carlos Zaratini, que renunciou em seguida à vice-liderança do governo na Câmara

artigo originalmente publicado na edição nº 766 do jornal O Trabalho.

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