Na batalha para vencermos no segundo turno, a candidatura de Haddad, do PT, ganha novos apoios. De partidos, como PSOL, PDT e PSB, no caso deste último, liberando a decisão para São Paulo e Distrito Federal, onde o PSB concorre em segundo turno para o governo do estado.
Vale registrar e destacar o apoio definido por entidades dos trabalhadores.
Revogar medidas golpistas
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) já apoiava a candidatura Lula Presidente, e depois Haddad. Agora outras centrais somam-se ao voto 13. Haddad reuniu-se com a CUT, a Central dos Trabalhadores do Brasil, a Força Sindical, a União geral dos Trabalhadores, a Central dos Sindicatos Brasileiros, a Nova Central Sindical e a Intersindical. Na reunião foi entregue um documento onde as entidades destacam pontos para o apoio á candidatura Haddad. Em destaque, o compromisso com a revogação da contrarreforma trabalhista e da Emenda Constitucional 95 (teto de gastos)
Miguel Torres, da Força Sindical, declarou que “neste momento que afunila a disputa tem dois lados, um lado do desenvolvimento e outro do a traso. Já se fala em ter que escolher entre trabalho e direitos, férias e 13o. Temos obrigação de abrir os olhos dos trabalhadores.” E completou, “não podemos ficar em cima do muro”.
Num chamado aos trabalhadores, Vagner Freitas, presidente da CUT disse “votem em Fernando Haddad, no número 13, porque nesta eleição há dois lados, o lado do trabalhador e o lado dos patrões e do golpista e ilegítimo Michel Temer.”
O documento assinado pelas sete centrais sindicais “Porque devemos eleger Haddad”, afirma “Em 28 de outubro teremos uma eleição decisiva para o futuro da classe trabalhadora brasileira. De um lado Fernando Haddad, um candidato comprometido com a democracia, os direitos sociais e a soberania nacional. Do outro, um candidato que encarna o autoritarismo, a desnacionalização da economia e a extinção dos direitos sociais e trabalhistas, com consequência diretas na vida dos trabalhadores e das trabalhadoras, como desemprego, a precarização do trabalho, redução dos direitos e da qualidade de vida”. (site da CUT)
“Temos lado”
O Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região (SP), filiado à Força Sindical, declarou apoio à Haddad, afirmando: “o acirramento dos ânimos não serve aos trabalhadores. Tampouco, não é na bala que o desemprego será resolvido, o trabalhador tem que estar ao lado de quem defende seus direitos.”
A Tribuna Metalúrgica, do Sindicatos dos Metalúrgicos do ABC, estampou na capa “Temos lado” e afirma que a classe trabalhadora não vai permitir que se acabe com a democracia, com o sistema público de saúde e educação e com os programas sociais.”
É por aí, numa eleição em que estão em disputa os interesses do capital e do trabalho, os sindicatos estão chamados a dialogar com suas bases, explicando o que está em jogo, e reverter o voto de trabalhadores que, confusos e enganados, deram voto ao seu inimigo Bolsonaro, no primeiro turno.
Nos locais de trabalho e nos bairros é sair à campo nas próximas semanas, dialogando e explicando que o voto 13 é o voto em defesa dos direitos da classe trabalhadora.
Misa Boito