A todos os correspondentes, organizações e militantes que participam das atividades do Acordo Internacional dos Trabalhadores e Povos (AcIT)
Caro(a)s amigo(a)s, caro(a)s companheiro(a)s
Recebemos a carta do presidente da Federação dos sindicatos da Hidrolago, empresa hidráulica da Venezuela e deputado constituinte Raúl Ordoñez, que se dirige ao AcIT pedindo uma ampla campanha de apoio à soberania do povo venezuelano e de rejeição à ingerência imperialista.
Aqui está a convocação que lançamos aos trabalhadores, organizações operárias e democráticas de todo o mundo.
Saudações internacionalistas,
Louisa Hanoune, secretária geral do Partido dos Trabalhadores da Argélia
Dominique Canut, membro do secretariado nacional do Partido Operário Independente da França.
Coordenadores do Acordo Internacional dos Trabalhadores e Povos
Convocação
A todos trabalhadores e jovens
A todas organizações operárias e democráticas em escala internacional
Não à ingerência do imperialismo contra a Venezuela!
Cada dia que passa, o cerco econômico e as ameaças militares contra a Venezuela se agravam, depois que Trump conclamou o apoio ao golpe de Estado materializado pela autoproclamação de Guaidó como “presidente encarregado”.
O antigo embaixador dos Estados Unidos na Venezuela, William Brownfield, declarou: “A melhor decisão seria acelerar a falência econômica, mesmo se isso provoque um maior sofrimento durante meses ou anos.”
Com que direito Trump decidiu contestar o presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro?
Com que direito Macron, Sanchez, May, Merkel…se erigem em supostos garantidores do direito dos povos a decidir?
Com que direito uma coalizção de governos pretensamente democráticos (como o de Bolsonaro, Macri, na América Latina, na Europa etc), a União Europeia, o Parlamento europeu, querem impor um ultimato por novas eleições sob controle internacional, vale dizer sob o controle do imperialismo?
Com que direito pretensos democratas exigem eleições sob controle internacional?
Cabe apenas ao povo venezuelano decidir o seu destino, sem ingerência.
Em nenhum caso é possível aceitar a ingerência imperialista.
Em nenhum caso é possível aceitar a confiscação pelos governos imperialistas dos bens no exterior que pertencem à nação venezuelana.
Com que direito eles se permitem esse ato de pirataria em violação da mais elementar regra democrática internacional?
A defesa da nação venezuelana contra qualquer ingerência imperialista é um dever para todo democrata.
– Conclamamos à mais ampla campanha de apoio, em todo o mundo, à nação venezuelana:
– a enfrentar a enorme intoxicação midiática contra a Venezuela;
– a impulsionar e participar de todas as mobilizações contra a ingerência imperialista.
Paris, 1° de fevereiro de 2019