O governo Temer está na corda bamba, segurando-se em negociatas com parlamentares de sua base aliada, igualmente envolvida em escândalos de corrupção.
Cada dia que passa aparecem mais cenas de “briga de rua” entre membros das instituições apodrecidas da República.
É o procurador geral Janot, chefe do Ministério Público Federal, pedindo ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito contra o presidente; o ministro Fachin do Supremo remetendo o pedido para que a Câmara dos Deputados autorize. Mas, basta que Temer arranje 172 votos para que o mesmo seja recusado. Depois virão outras denúncias que seguirão o mesmo caminho.
Enquanto isso, o juiz Moro mantém João Vaccari preso, mesmo diante de sua absolvição no Tribunal Regional Federal (TRF) de Porto Alegre (2ª instância), dada a total falta de provas para sua condenação pelo “justiceiro” de Curitiba.
O STF, por seu lado, adiou para depois de seu recesso, o julgamento do pedido de prisão de Aécio Neves, que ganha assim dias preciosos para tentar escapar de qualquer punição. Seu partido, o PSDB, não se decide se fica ou sai da base aliada de Temer.
O povo trabalhador, açoitado pelo desemprego e o ataque a seus direitos fundamentais, assiste a tudo isso enojado.
Quando alguma pesquisa pergunta a sua opinião, ele se manifesta em quase 90% dos entrevistados pela saída de Temer, por eleições diretas e contra as “reformas” trabalhista e da Previdência.
FORÇA ORGANIZADA DOS TRABALHADORES PARA VARRER OS ASSALTANTES DA NAÇÃO
Mas a vontade popular em nada é levada em conta pelos “donos do poder”, cuja prioridade é aniquilar Lula, para impedir que ele seja candidato à presidência, pois as mesmas pesquisas indicam que o líder histórico do PT seria o favorito em todos os cenários montados.
Afinal os que detém o poder político servem ao “mercado” e não ao povo. Por isso o Senado segue na tramitação da “reforma” trabalhista, enquanto a Câmara espera o mês de agosto para iniciar a da Previdência, seja qual for o destino reservado a Temer Não serão as denúncias, os bate-bocas institucionais, os pedidos patéticos a Temer para que renuncie, a crença de que o atual Congresso vá largar o osso e antecipar eleições gerais, que podem acabar com a degradação política, econômica e social da nação.
Só a força organizada e a mobilização dos trabalhadores e do povo oprimido podem botar um fim neste “trem fantasma” – cada curva um susto – em que se transformaram o governo, o Congresso e o Judiciário.
Não será tarefa fácil, mas a vontade de luta existe. Apesar de obstáculos e incertezas, ela se expressará na mobilização de 30 de junho, ela reaparecerá com mais força em agosto para barrar o desmonte da Previdência com uma nova greve geral.
Em seu 6º Congresso o PT adotou resoluções que reforçam a luta – não ao colégio eleitoral das indiretas, contra as “reformas”, fora Temer – e abriu uma saída política: Lula presidente com Constituinte.
É para reforçar a luta ao redor dessas bandeiras que os grupos de base do Diálogo e Ação Petista organizam suas reuniões para discutir e agir como petistas, apoiados nessas resoluções do 6º Congresso.