O brutal assassinato do jovem congolês Moise, não deve ser visto como fato isolado. Ele se soma ao genocídio da população negra patrocinado pelo Estado.
Moïse Mugenyi Kabagambe, jovem trabalhador de 24 anos, espancado até a morte, não é um caso isolado, como também não é o caso de Durval Teófilo assassinado dias depois no Rio de Janeiro por um militar, na porta de sua casa.
São episódios de um genocídio em curso da população negra, que nunca teve fim e que expõe o agravamento do quadro institucional de violência, que só piorou no governo Bolsonaro. A polícia, os policiais e as milícias matam impunemente por qualquer motivo. Não por acaso, de norte a sul, um dos gritos mais ouvidos dizia “Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da polícia militar”.
Manifestações de revolta tomaram ruas de capitais em diversos estados do país, começando pelo Rio de Janeiro, além de São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e diversas outras cidades.