Aumenta violência policial

Alguns crimes como roubos e homicídios dolosos (intencionais) até diminuíram, mas a violência policial aumentou assustadoramente na pandemia. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública, órgão do governo Witzel, no Rio, o número de mortes aumentou em 43% em relação a maio de 2019. Realidade presente também em outros estados, como Santa Catarina. Lá, as comunidades reagiram com indignação contra mortes por parte da Polícia Militar.

Justiça e fim da violência
Na mesma semana do assassinato de João Pedro e João Victor em São Gonçalo e na Cidade de Deus (RJ), em Florianópolis (SC), uma “operação de rotina” da Polícia Militar matou um adolescente de 16 anos, morador do bairro Monte Cristo. Cansada da sequência de episódios de violência que tirou a vida de outros doze jovens recentemente, a comunidade reagiu com pedras e barricadas contra passagem dos policiais. Atos foram organizados pelos moradores com faixas que exigiam justiça e o fim da violência.

Na última semana, no morro do Mocotó, outra comunidade da capital, um jovem também foi violentamente agredido pela polícia civil, quando fazia entrega de alimentos e máscaras para as famílias do morro. Nem atividades solidárias são possíveis fazer em paz nas comunidades em virtude das ditas operações policiais.

Basta de genocídio
Indignação e revolta foi vista em ato recente no Rio de Janeiro e é o que se vê nas imensas manifestações nos Estados Unidos contra assassinato de George Floyd (págs. 11 e 12). A violência policial, incentivada por Bolsonaro e certos governadores, sufoca a população negra, maioria das vítimas do vírus – 51,4% dos hospitalizados são brancos, mas 54,8% dos mortos são negros. O Estado, sobretudo a PM, age contra vida dos negros e pobres. Por isso, desmilitarizá-la é uma exigência mais que justa.

Sigamos o exemplo das comunidades de Floripa e outras tantas que retomam as ruas exigindo dos governos um basta ao genocídio da juventude negra.

Kris

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