A ofensiva do governo Trump contra a nação venezuelana é hoje um concentrado do dispositivo de rapinagem das riquezas nacionais, montado pelo imperialismo dos Estados Unidos, que só pode sobreviver às custas do desmantelamento das nações para abocanhar seus recursos naturais, no caso da Venezuela, o petróleo.
Uma grave ameaça pesa contra o povo do país vizinho, inclusive de uma intervenção militar sob o comando de Trump. Os resultados destas intervenções – muitas vezes chamadas humanitárias e em nome da defesa da democracia – são conhecidos. Iraque e Líbia foram devastados em benefício de multinacionais petrolíferas.
As aves de rapina que sobrevoam a Venezuela são uma ameaça à paz no conjunto do continente. A defesa da soberania do povo venezuelano, que legitimamente reelegeu o presidente Maduro, é hoje a questão central para o conjunto da classe trabalhadora e de todas as camadas oprimidas na América Latina.
A associação imediata dos governos reacionários do continente à aventura trumpista, a começar pelo governo Bolsonaro, mostra o elevadíssimo grau da subserviência aos interesses do capital financeiro.
Em benefício da especulação financeira, para rebaixar o custo do trabalho, se abre uma verdadeira guerra aos direitos conquistados pela luta dos trabalhadores.
No Brasil, o “esforço concentrado” – do aparato jurídico, militar e da burguesia local – com fraudes e manipulações, para instalar no Palácio do Planalto uma agência de despacho do governo EUA, tem como primeiro, e principal alvo, rapinar os recursos da Previdência pública e solidária para alimentar a ciranda especulativa.
O governo Bolsonaro recebeu a ordem de entregar a contrarreforma da Previdência, ainda no primeiro semestre.
As lambanças de ministros e familiares emergidos do esgoto social, em menos de dois meses de governo, estão sendo, e serão, providencialmente blindadas, até que a contrarreforma seja entregue. A blindagem conta com as dezenas de generais que ocupam o governo e com o aparato jurídico, do ministro Moro e com o vassalo das casernas, Dias Tóffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal.
O Judiciário que protege as lambanças dos Bolsonaros é o mesmo que acirra a perseguição a Lula, novamente condenado sem provas. O que aliás é parte do esquema. A prisão de Lula tem por objetivo desmoralizar e destruir a organização dos trabalhadores, em primeiro lugar o PT.
Porque frente aos objetivos das aves de rapina e seus agentes locais, haverá a resistência dos trabalhadores. Fortalecer a resistência é a única saída para evitar a situação de terra arrasada contra as nações e os direitos dos trabalhadores, desenhada no figurino imperialista.
No dia 20 de fevereiro a CUT e demais centrais sindicais dão a largada com uma Assembleia da Classe Trabalhadora, na Praça da Sé em São Paulo, para organizar a defesa da Previdência.
O governo prevê enviar ao Congresso Nacional nos próximos dias o seu projeto de guerra contra a aposentadoria. Na tramitação na Câmara dos Deputados, o resultado se pode prever. A maioria ultrarreacionária vai se perfilar aos ataques do governo. A bancada do PT, a maior da casa, apesar de toda perseguição ao partido, tem uma grande responsabilidade. Vencendo as pressões internas e externas, ela está chamada a ser o ponto de apoio do movimento que os trabalhadores anunciam em defesa Previdência. Nenhuma negociação! Xô aos abutres que querem rapinar os direitos!