ELEIÇÕES: QUE BALANÇO E QUAIS AS QUESTÕES PARA O 2º TURNO PRESIDENCIAL
Mais do que nunca, a Constituinte para a reforma política no centro!
Dilma: ouça a voz dos 8 milhões do Plebiscito Popular!
OS NÚMEROS DO 1º TURNO presidencial são conhecidos. Dilma do PT e Aécio do PSDB vão para o 2º turno no dia 26 quando o PT também disputa vários governos estaduais.
É claro que o povo não quer voltar atrás, como disse Dilma na noite do anúncio do resultado. A máscara de Marina já tinha começado a cair, afinal, as mesmas forças sociais e econômicas que sustentam Aécio é que a usaram de escada.
Na ocasião, também agradeceu ao vice Temer, o que soou estranho, pois o PMDB quando não ajudou muito atrapalhou bastante fazendo campanha contra na Bahia, em São Paulo, no Rio Grande do Sul, no Rio ou em Brasília!
Todavia, agora toda energia nas três semanas do 2º Turno deve ser usada para derrotar Aécio.
Uma questão-chave é a urgência da reforma política: quase oito milhões de brasileiros e brasileiras votaram na semana de 7 de setembro; mais de 97% votaram SIM, no Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana para a reforma política. O próprio PT defende em abaixo-assinado a Constituinte.
Dilma ainda tem os debates do 2º turno e agora uma oportunidade: nos próximos dias 14 e 15 estarão em Brasília entidades populares, sindicais e democráticas que, em nome dos oito milhões que votaram, vão entregar aos “três poderes da República”, a exigência das urnas do plebiscito.
É uma oportunidade para não desperdiçar. Ao receber a delegação: Dilma assuma a Constituinte!
Aécio e os reacionários de diferentes plumagens que agora o apoiarão, são contra uma verdadeira reforma política.
Dilma: convoque a base popular e parlamentar a apoiar o decreto-legislativo de Plebiscito oficial da Constituinte. De norte a sul, na cidade e no campo, os militantes explicarão ao povo que a mudança está de fato em jogo nesta eleição e assegurarão a completa derrota de Aécio!
É o caminho mais curto para a vitória do povo trabalhador. Se Temer não quer, o povo quer!
A palavra está com Dilma!
OUTRA REFLEXÃO vem do 1º turno: se o povo não quer voltar atrás, quer avanços e mudanças, por que, então, caiu a bancada do PT dos 86 federais eleitos em 2010, para 70 em 2014? Por que os deputados estaduais eleitos pelo PT caíram de 149 em 2010 para 108 em 2014?
E por que a soma da abstenção, brancos e nulos cresceu de 26,7% em 2010, para 29% em 2014, e em especial em São Paulo, o recorde desde 1989 de abstenção, brancos e nulos, somando 37%?
Será que tudo isso – as quedas e a abstenção – não têm a ver com certa decepção?
Sim, tanto que no “cinturão vermelho” – Grande São Paulo e periferia da Capital – base histórica do partido, Dilma foi derrotada no 1º turno, com incidência nacional. Assistimos crescer o ataque ao PT crescer na Ação Penal 470 (“mensalão”) nunca respondida pela cúpula do PT. Hoje, quatro dirigentes históricos, alguns dos puxadores de voto em SP, estão presos.
Ora, uma advertência já tinha aparecido nas manifestações de junho de 2013. E se ela pesa contra o PT é porque justamente do PT no governo que se espera uma satisfação!
O problema volta agora nas eleições. A melhor resposta deu a própria Dilma na época: “para dar mais é preciso mudar as instituições.” E propôs uma Constituinte para uma reforma política.
Ela é fundamental para destravar as reformas paradas no Congresso – o fim do superávit fiscal primário para destinar as verbas aos serviços públicos, a reforma agrária, a reestatização das empresas privatizadas, a desmilitarização das Polícias e assim por diante.
Dilma, na época, recuou para manter o acordo nacional com o PMDB dentro do “presidencialismo de coalizão”; as tais alianças que, agora, cobram o seu preço amputando bancadas inteiras do PT nos Estados!
No entanto, esta é a questão fundamental: a reforma política para, pelo menos, estabelecer a proporcionalidade da representação, o voto em lista, acabar com o Senado oligárquico e o financiamento empresarial.
Senão, o Congresso fica cada vez mais reacionário e pró-imperialista, como o DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) estima. Será “o Congresso mais conservador desde 1964” (jornal O Estado de São Paulo de 06/10/14): passará de 220 a 280 parlamentares empresários (+ 27%), 130 para 160 ruralistas (+ 23%), mas os sindicalistas caem de 83 para 46 (- 44%)!
A LUTA NUNCA FOI FÁCIL para o povo trabalhador e não será agora neste 2º turno. Mas as condições para a vitória de Dilma e dos governadores do PT estão ai!
Integre-se a O Trabalho!
A LUTA É AGORA!
DIA 26: VOTO 13! VOTO DILMA PELA CONSTITUINTE!
ENCONTRO NACIONAL DO DIÁLOGO E AÇÃO PETISTA
Para aprofundar a reflexão sobre a continuidade do combate pelas reformas de fundo e pela Constituinte, nos dias 29 e 30 de novembro, em Brasília, se reunirá o Encontro Nacional do Diálogo e Ação Petista (D.A.P.).
Você, que trabalhou conosco no Plebiscito Popular, você que acompanhou os nossos candidatos a deputado numa campanha combativa e dedicada exclusivamente ao povo trabalhador, junte-se a nós!
Participe das reuniões de base do Diálogo e Ação Petista agora em outubro e novembro!