Coletivo Nacional dos Eletricitários fala em “risco de colapso” do sistema elétrico brasileiro

Em encontro com a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, representantes do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), reafirmaram a preocupação dos trabalhadores com a situação do setor, agravada com o recente apagão registrado em São Paulo, que deixou milhares de pessoas sem energia, após temporal.

As lideranças do CNE de diversas regiões do país alertaram para a atuação da Diretoria e do Conselho de Administração que prejudicam a empresa, por meio de uma série de medidas que atacam os trabalhadores e afetam os consumidores, colocando o sistema elétrico brasileiro em constante risco.

Os trabalhadores defendem a reestatização da empresa e a celeridade no julgamento da ADI 7385/2023, que busca assegurar que o poder de voto da União no conselho de administração da companhia seja proporcional à sua participação acionária.

Na segunda-feira, o coletivo havia divulgado uma Carta Aberta ao Presidente Lula:

“Exmo. Presidente Lula,

A Associação dos Empregados da Eletrobras (AEEL), com 40 anos de atuação histórica em defesa da soberania nacional e da energia elétrica como mecanismo de inclusão social, segurança energética e desenvolvimento econômico, compõe Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), que é uma entidade que representa dezenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras, sendo 12.000 da Eletrobras e de suas subsidiárias CHESF, FURNAS, ELETRONORTE e CGT ELETROSUL, que foram privatizadas de forma irresponsável, um verdadeiro crime de lesa-pátria que transferiu o controle acionário da maior empresa de energia elétrica da América Latina para acionistas minoritários privados liderados pelo grupo 3G Radar, responsável pela fraude nas Lojas Americanas. Como é do seu conhecimento, Senhor Presidente, a Eletrobras é responsável por cerca de 30% da geração de energia elétrica, 49% das linhas de transmissão e 50% dos reservatórios do país.

Temos, desde o início do seu governo, ainda nos trabalhos da Equipe de Transição, alertado
sistematicamente, sobre os riscos que o sistema elétrico brasileiro estaria exposto, caso o processo de desmantelamento da Eletrobras (iniciado por Temer e continuado por Bolsonaro) não fosse interrompido.”

Leia a carta na íntegra.

Com informações da Federação Nacional dos Urbanitários-CUT e da Agência PT

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