Na ultima sexta-feira, 31 de julho, o CPERS/Sindicato organizou diversas manifestações nas Coordenadorias Regionais de Educação e no Palácio Piratini, denunciando os constantes ataques à escola pública gaúcha. Professores e funcionários de escola, acompanhados por alguns estudantes, denunciaram o congelamento e o parcelamento dos salários que já perduram 5 anos. Nem os salários referentes aos dias da greve de 2019 foram pagos até agora, mesmo que as aulas já tenham sido repostas.
Esta mobilização foi deliberada no último Conselho Geral (24 de julho). Houve um vivo debate. Alguns membros do Conselho ligados à Conlutas e à CTB eram contra a mobilização sob o argumento de que “a atividade iria reforçar Bolsonaro e Leite na volta à normalidade”. Mas a grande maioria decidiu realizar as manifestações, mesmo em meio à pandemia, pois na opinião da grande maioria era preciso demonstrar a retomada da mobilização.
Em frente às Coordenadorias, respeitando as medidas de segurança, dezenas de trabalhadores denunciaram a situação dramática dos educadores gaúchos e a brutal evasão escolar provocada pela falta de acesso dos estudantes aos meios virtuais. O Cpers apontou que das 800 mil matrículas de estudantes, cerca de 300 mil alunos sequer tinham acessado o sistema oferecido pelo governo. A preocupação com a manutenção dos recursos do Fundeb também foi pauta da mobilização.
O Sindicato mantém a posição de que a volta às aulas presenciais só pode ocorrer se houver condições de segurança para estudantes, professores e funcionários. Esta posição é totalmente compatível com a disposição de luta da categoria que batalha para seus direitos respeitados e a escola pública de pé.