Eletrobrás: luta pela reestatização

No dia 15 de março a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) organizou ato em frente ao Ministério de Minas e Energia (MME) em Brasília, exigindo a reestatização da Eletrobrás. A empresa foi vendida ano passado em um esquema escandaloso, “quase uma bandidagem” nas palavras de Lula. À manifestação juntaram-se parlamentares, movimentos populares e entidades sindicais.

Mauro Martinelli, representante da categoria, lembrou a mensagem de Lula ao Congresso, já em 2 de janeiro, com o compromisso de “recuperar a Eletrobrás para o povo brasileiro”. A palavra de ordem “um, dois, três, quatro, cinco mil, queremos a Eletrobrás para o povo do Brasil” foi entoada no ato. Ele salientou que a categoria exige que o atual Ministro, Alexandre Silveira – representado por um boneco gigante entre os manifestantes – se posicione sobre a questão. Os trabalhadores denunciam que vários bolsonaristas continuam exercendo suas funções no Ministério, em mais uma prova de que é urgente desbolsonarizar o Estado. E que, não bastasse, Silveira ainda está tentando indicar nomes ligados ao esquema da privatização para cargos importantes no MME.

O fato é que a Eletrobrás privatizada continua demitindo trabalhadores especializados – foram 2500 só ano passado – e precarizando a estrutura da empresa de forma predatória, enquanto as contas de luz sobem. O Coletivo Nacional dos Eletricitários (filiado à FNU) anunciou que será lançada nos próximos dias uma Frente pela reestatização da Eletrobrás, que inclui uma frente parlamentar no Congresso, além da continuidade da campanha com o abaixo-assinado. A luta continua e é preciso reforçá-la: envolver amplamente os trabalhadores e suas organizações na batalha, que é de todo o povo brasileiro.

Tiago Maciel

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