Em maio a eleição para a direção do ANDES-SN

Em 12 e 13 de maio ocorre a eleição para a direção do Andes, sindicato nacional dos docentes do ensino superior.

O Andes-SN congrega mais de 70 mil filiados numa base de 300 mil docentes de mais de 100 instituições de ensino superior.

No entanto, o isolamento e o sectarismo são a marca da atual direção no comando do Andes há quase 20 anos. Filiado à CSP-Conlutas, o Andes-SN virou as costas às negociações salariais durante os governos encabeçados pelo PT, em favor do denuncismo.

Depois, tardou a se opor ao golpe do “impeachment” de Dilma e a tomar posição contra a prisão de Lula, só aderindo ao “Lula Livre” depois de um intenso combate do Renova Andes. Ainda no recente congresso de fevereiro, a atual direção recusou a participação do Andes no Fórum Popular Nacional de Educação.

É necessário ganhar essa disputa
Um paciente trabalho de construção do fórum Renova Andes, iniciado em 2013, veio crescendo a ponto da sua chapa, pré-inscrita no congresso em fevereiro, ter reais possibilidades de ganhar a eleição em maio. O que seria necessário para recuperar o sindicato para a luta em defesa dos salários, da carreira, da ciência e tecnologia, atacados pelo governo Bolsonaro, e para a luta pela democracia em unidade com o conjunto da classe trabalhadora.

Nas eleições anteriores de 2018, a chapa do Renova Andes obteve 46% dos votos, questionando a filiação da entidade à CSP-Conlutas e defendendo a recuperação do seu caráter sindical.

A partir daí ampliou-se a presença do Renova na direção de seções sindicais do Andes em todo o país.

O que estará em disputa nas urnas em 12 e 13 de maio é se o Andes deve ser um sindicato nacional de docentes, plural e democrático, comprometido com as reivindicações da categoria, ou um aparato para o debate ideológico impotente.

Quanto maior for a participação dos docentes no pleito, maior será a possibilidade de vitória da chapa de oposição do Renova Andes.

Luã Cupolillo

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