Em entrevista a O Trabalho, Vicentinho fala das atividades de sua pré-candidatura e da relação da campanha com a luta contra o golpe, em defesa do Presidente Lula.
O Trabalho: Como está a recepção da sua pré-candidatura?
Vicentinho: Está boa. O meu mandato tem uma ligação muito boa com os trabalhadores do campo ou da cidade, com a comunidade quilombola e com o movimento popular. Tenho visitado cidades do interior e fábricas, e estou muito esperançoso. E sinto também que as pessoas estão tendo uma outra visão das candidaturas do PT, sobretudo depois que ficou claro para grande parte do nosso povo o que está acontecendo depois da votação da reforma trabalhista do golpista Temer, e no caso da reforma da previdência a ameaça que pairou sobre todos. Todo mundo tem clareza daqueles que votaram na retirada dos nossos direitos, no congelamento dos direitos sociais por 20 anos, que votaram na entrega do Pré-sal, que votaram para proteger o Temer e que votaram pelo impeachment de Dilma, que votaram contra todos nós
Como coloca a questão de Lula?
Eu tenho falado mais do Lula do que da minha própria candidatura, viu? Então isso já é entendido no meu planejamento, nos nossos grupos, que a nossa campanha é organicamente ligada à defesa do presidente Lula. Por isso que nós não somente falamos do presidente Lula, como também falamos da importância de aumentarmos a bancada para que aqui na Câmara dos Deputados ou no Congresso como um todo a gente tenha mais condições de aprovar os projetos oriundos do governo Lula.
Quais as principais propostas que você apresenta?
São propostas ligadas aos direitos da classe trabalhadora, que é o meu DNA. Então vão desde as 40 horas semanais [na jornada de trabalho] que, aliás, eu sou o relator da proposta já aprovada na Comissão Especial e na Comunicação de Constituição e Justiça, está pronta para votar no plenário. O meu mandato se dará em três eixos. Um, os direitos da classe trabalhadora. Dois, a luta contra todo o tipo de preconceito e discriminação, seja racial, religiosa, sexual, homoafetiva, ou regional, enfim. Três, a luta em defesa da cultura inclusiva.
Como vê as candidaturas do PT na luta contra o golpe?
Acho fundamental que a campanha do nosso partido seja interpretada como uma luta contra o golpe, pelo fortalecimento da democracia, do Estado democrático de Direito. Evidentemente que nós do PT também temos que ter humildade na relação com o nosso povo. Porque nosso povo está contaminado com as mensagens mentirosas da grande mídia, e muitos do nosso povo formaram opinião com base nas mentiras deles. E a gente não pode deixar de reconhecer que a gente errou. Embora claro, os erros nossos comparados com os acertos, a diferença é muito grande. E o que está acontecendo com todos nós, em especial com o companheiro Lula, que nos representa como esperança maior, é por causa dos acertos que fizemos com o Brasil e o nosso povo escolheu, experimentou, viver um pouco melhor, seja na educação, na moradia, na comida, no emprego, no combate a fome.