Greve é considerada Legal em Florianópolis e professores exigem abertura de negociações

Em greve desde o dia 24 de março, depois que o prefeito Gean Loureiro determinou o retorno às aulas presenciais no pico da pandemia, os professores de Florianópolis obtiveram uma importante vitória na justiça.

Em audiência de conciliação na segunda-feira (12), o desembargador do TJ-SC, Vilson Fontana, da 5ª Câmara de Direito Público, revogou a decisão liminar anterior que tornava ilegal a greve dos trabalhadores da Prefeitura Municipal da capital catarinense.

Na audiência – da qual nem o secretário Maurício (educação), nem o secretário Paraná (saúde), nem o Secretário de Administração Ronaldo Freire e nem o Secretário da Casa Civil Everson Mendes participaram – o procurador geral do município Rafael Poletto dos Santos voltou a criminalizar o Sintrasem, sindicato que representa a categoria, chegando a sugerir a prisão de seus dirigentes, de acordo com o próprio sindicato.

O Sintrasem exige as condições sanitárias seguras para o retorno às aulas presenciais e tenta apresentar suas reivindicações ao Prefeito. Mesmo diante da revogação da ilegalidade da greve, a prefeitura exige, de forma hipócrita, que o movimento seja encerrado para começar a negociar.

Diante de tamanha intransigência os trabalhadores fizeram nesta quarta (14) uma manifestação que percorreu as ruas da cidade para cobrar dos secretários de Educação, Administração, da Casa Civil e do prefeito Gean Loureiro, uma resposta ao oficio enviado após a audiência na justiça que declarou que a greve é legal.

Manifestação de professores. Foto: Sintrasem

A categoria se dirigiu até a Câmara de Vereadores, onde foi protocolado um oficio solicitando que o Presidente da Câmara cumpra seu papel constitucional na fiscalização dos atos do executivo e faça a intermediação pela abertura de uma mesa de negociação com o executivo!

O presidente da Câmara, Roberto Katumi, em resposta ao ofício, recebeu a categoria e garantiu que solicitaria uma mesa entre a comissão de greve e o executivo.

O Sintrasem também deu inicio a uma campanha espalhando outdoors pela cidade, reforçando a necessidade de segurança sanitária para o retorno.

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