Desde a eleição do governo Bolsonaro, o número de desempregados vem crescendo no país. Acelerado pela pandemia, empurrou ainda mais trabalhadores, principalmente jovens, para informalidade.
Segundo IBGE, são 23,7 milhões de pessoas na informalidade no país. Por trás desses números, temos como “protagonistas” jovens de até 29 anos, que amargam em péssimos empregos sem nenhum direito garantido.
Hoje, 38% da população economicamente ativa trabalha na informalidade. É esse o “desfuturo” que este governo representa.
A equipe econômica, chefiada por Paulo Guedes, apresentou o “milagroso” projeto Bônus de Inclusão Produtiva (BIP), que, segundo o próprio governo, tem como objetivo recolocar os desempregados jovens no mercado de trabalho, recebendo R$600,00. Desses R$600, R$300,00 vem do governo (não disse de qual fonte) e os outros $300, vem das empresas. Para o governo, o projeto servirá como plano piloto para ampliação de uma maior flexibilização dos direitos trabalhistas, a chamada carteira verde e amarela.
Em um país onde o desemprego atinge 46,3% dos mais jovens entre 14 a 17 anos, 31% dos 18 a 24 anos, por exemplo, o BIP dará aos empresários terreno aberto à demissão de funcionários, que podem ser trocados pelos “jovens BIPs”, aumentando lucros e a exploração dos jovens trabalhadores.
É ataque direto, destruindo contratos, direitos e regulamentações, que visam a ampliar a informalidade no país como forma de trabalho. É assim que este sistema capitalista responde à crise que ele mesmo criou e que, no Brasil, vem representada pelos ataques de Bolsonaro. Não será através do BIP que se resolverá o problema do desemprego da juventude no país, que é sintoma da política de Bolsonaro e Guedes, apoiadas pelas instituições políticas do país, coniventes aos ataques.
É para ter direito a um futuro digno que boa parte dos jovens têm ido às ruas para derrubar esse governo agora e não esperar até outubro de 22. Ninguém aguenta mais viver desta forma, sob os ataques constantes de Bolsonaro e seus lacaios.
Jeffei