Marize Carvalho: “em primeiro lugar nas ruas. Em consequência, no parlamento”

Militante do PT, membro da executiva do Partido em Salvador e licenciada da executiva nacional da CUT, a professora Marize Carvalho, da Universidade Federal da Bahia, apresenta sua candidatura para, entre outras coisas, defender a educação pública, lutar contra os cortes no orçamento da educação e contra a militarização das escolas.

“Não escolhi ser candidata”, ela pontua. “A grave situação com o aprofundamento dos ataques aos direitos do povo trabalhador pelo governo do inominável, expresso no conjunto das contrarreformas (trabalhista, previdenciária) e na destruição dos serviços públicos, assim como a volta ao mapa da fome e altos índices de desemprego, tem nos colocado a responsabilidade de fazer a luta, procurando dar passos concretos na perspectiva de organizar o combate pelos direitos, em primeiro lugar nas ruas e, como consequência, no parlamento.”

A professora explica que sua candidatura “vem das bases do movimento de educação”. Mas ela garante que tem recebido apoio de outros setores do movimento sindical e social, tanto da cidade quanto do campo. “Acho que pelo reconhecimento à militância que construímos nos últimos anos, especialmente desde 2016”.

Sua campanha procura levantar reivindicações concretas do povo. “Ao fazer isso temos percebido um maior diálogo com jovens e com mulheres trabalhadoras de setores populares, cujas famílias estão em maior vulnerabilidade, e uma aproximação com mulheres, chefes de família com muita necessidade de políticas de proteção social”, ela garante. Por isso mesmo ela conclui que “precisamos eleger Lula sem um programa rebaixado. Temos que combater sem trégua todas as medidas de desmonte para o funcionamento do serviço público, com firmeza e compromisso para derrotar o bolsonarismo e revogar todas as suas contrarreformas.”

De acordo com a candidata, este é o caminho para enfrentar as manobras golpistas de “Bolsonaro e seus generais, que tremem com a proximidade da derrota nas urnas, pela vontade da maioria do povo que quer Lula na presidência, comida na mesa e mudanças radicais para reconstrução e transformação do país.”

Marize também integra o esforço de reeleição de um governo do PT na Bahia, mas cobra que Jerônimo (atual candidato ao governo) assuma compromissos que Rui Costa (atual governador), negou. “Na Bahia, estamos na luta para ajudar a eleger um governo do PT para pôr um fim no extermínio do povo negro e pobre, lutar contra a privatização da EMBASA (empresa de água) e contra a militarização das escolas. É o nosso desafio, mas é também o nosso compromisso”, defende.

Professora, mulher, de origem operária, Marize Carvalho resume suas principais bandeiras: “defendo e luto em favor do Piso Salarial Profissional e dos Planos de Cargos, Carreiras e Salários que valorizem os profissionais da educação. Estou na luta para representar as mulheres trabalhadoras contra a opressão, o machismo e a violência, por salário e direitos iguais. Estou ao lado das mulheres negras por salário igual, pelo fim do genocídio dos jovens negros e medidas de emergência como aumento dos salários e tabelamento de preços dos alimentos”.

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