Metroviários fazem CBTU recuar em Belo Horizonte

Os metroviários de Belo Horizonte (MG) estão entre as categorias essenciais e desde o início da pandemia – ainda que com escala reduzida – o metrô se mantém funcionando. A CBTU (Companhia Brasileira de Transportes Urbanos), depois de cobrança do sindicato, garantiu os EPIs para todos os trabalhadores, mas recusa-se a negociar a escala de trabalho com revezamento e fornecer os testes para acompanhar a contaminação na categoria.

Em maio, com a abertura parcial do comércio em BH e o aumento do horário de funcionamento do metrô, sem que todas as medidas de proteção aos trabalhadores fossem tomadas, houve aumento dos casos de Covid-19 entre os metroviários.

O sindicato resolveu convocar uma assembleia online, precedida de mecanismos para garantir a sua legitimidade, com a participação de mais de 300 metroviários, quando 80% decidiu pela greve com escala mínima. A CBTU acionou a Justiça do Trabalho que impediu a greve, mas acatou parcialmente a proposta dos metroviários em relação a diminuição do horário de funcionamento do metrô.

“A redução do horário do metrô, não resolve tudo, há problemas com a escala e revezamento dos trabalhadores em várias áreas”, explica Romeu Machado, presidente do sindicato. “Estamos orientando a categoria a implantar o revezamento onde não houver negociação com a gerência e em algumas áreas isso está sendo feito, ao mesmo tempo pedimos ao TRT que intermedeie uma negociação com a CBTU”.

Além das reivindicações de condições de trabalho, os metroviários exigem que a empresa faça testes para acompanhar a evolução do contágio, o que ainda não aconteceu. O próprio sindicato, a pedido da categoria, se prepara para aplicar alguns testes em diversas áreas e, com os seus resultados, aumentar a pressão para que a CBTU cumpra a sua parte na proteção aos trabalhadores.

Correspondente

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