Milhares de servidores públicos vão às ruas de São Paulo contra segunda reforma da previdência em 3 anos

Uma manifestação de servidores públicos municipais tomou as ruas de São Paulo na tarde desta quarta feira (6) contra uma nova proposta de reforma da previdência (a segunda em menos de 4 anos), enviada à câmara municipal pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Pela proposta (PLO 07/2021), o governo quer confiscar 14% das aposentadorias que ganham até R$ 6.433,00 que é o teto do INSS, ao mesmo tempo que aumenta em 46% o seu próprio salário e de seus secretários a partir de janeiro de 2022.

Na prática, Nunes tenta retomar aspectos da reforma de 2018 que haviam sido derrotados. Ele estabelece que a alíquota cobrada do funcionalismo será de 14% para qualquer faixa salarial, e não apenas para aquelas faixas salarias que ultrapassavam o valor do teto do regime geral (o que já era o resultado da reforma anterior, que tem menos de 3 anos).

A proposta do prefeito ainda retoma a segregação de massas, dividindo a previdência em dois fundos, acabando com o fundo construído através da solidariedade entre gerações. Ao fazer isso o governo pretende criar dois fundos deficitários que vão autoriza-lo a estabelecer alíquotas extraordinárias, que vão além dos 14%.

Essa proposta é enviada à câmara ao mesmo tempo em que Dória procura impor no estado uma minirreforma administrativa.

Em resposta, além da manifestação, a categoria unificada decidiu uma paralisação no próximo dia 13 de outubro. A luta vai continuar.

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