Em 5 de agosto a Câmara aprovou por 286 votos a favor e 173 contra o PL 591 que privatiza a ECT (Correios). Mais um crime de lesa-pátria de Bolsonaro e Guedes, apoiados pelo “centrão” e partidos privatistas como o PSDB. O PL vai agora ao Senado.
Não há que se ter ilusão no atual Congresso, só a luta pode impedir que a privatização dos Correios seja concluída.
A campanha contra a privatização da ECT esteve limitada às redes sociais, rádios, TVs, conversas com parlamentares e ações judiciais. Agora é preciso ampliar o diálogo com a população, mobilizar os ecetistas e ganhar o conjunto do movimento sindical para a luta.
Greve em 18 de agosto
Em 8 de agosto a Fentect-CUT (federação sindical nacional) realizou sua plenária que decidiu chamar a greve em suas bases a partir das 22 horas do dia 17 de agosto, prolongando-se no dia 18, chamado pelas centrais sindicais como Dia de luta e paralisações. Dirigentes da Fentect afirmam que, a partir da adesão dos trabalhadores, a greve poderá ser por tempo indeterminado.
Decidiu-se também propor unidade na luta à Findect-CTB, a outra federação da categoria, bem como participar da luta contra a PEC-32 da reforma administrativa.
A greve é também em defesa dos direitos retirados pelo TST (50 dos 79 benefícios constantes no Acordo Coletivo) no dissídio de setembro de 2020.
A luta para barrar a privatização dos Correios exige mobilizar os ecetistas para combater nas ruas, em unidade com outros sindicatos e movimentos, a política de destruição dos direitos e dos serviços públicos no país, a qual se liga à luta pelo fim do governo Bolsonaro e seus generais.
Osvaldo Rodrigues