O povo no limite do sofrimento

Nas cúpulas, apesar da crise, a turma se entende na hora de ferrar o povo e a nação.

Bolsonaro, com discurso fraudulento na Cúpula de Líderes sobre o Clima, ganha elogios de “positivo”, vindos de porta-vozes do governo imperialista de Biden. Normal, esses líderes são os mesmos que aproveitam a pandemia, cada um a seu modo, para atacar os trabalhadores e a democracia. É o capital, e não apenas o medíocre ministro Ricardo Salles, que aproveita a pandemia para “passar a boiada”.

Numa situação de alerta. A pandemia escancarou a profunda desigualdade, consequência inexorável da sobrevivência do capitalismo, em crise profunda. O governos buscam salvar a si mesmos e ao sistema, diante da situação que está por vir. Não por acaso o Fundo Monetário Internacional faz agora estudos sobre as explosões sociais, prevendo que o “círculo vicioso da desigualdade social poderia transformar-se em um crack sísmico político”.
O Brasil não foge à regra.

Do general Braga Neto à empresária Luíza Trajano ouve-se propostas de “união nacional” e “pacto”, para preservar o governo que impõe o sofrimento ao povo.

Mais da metade da população brasileira, 116 milhões, vive em situação de insegurança alimentar que o mísero auxílio emergencial não resolve.

O desemprego avança e os trabalhadores são empurrados à diminuição de salário e direitos, além de sujeitos a condições de trabalho e transporte sem proteção à Covid-19.

A maioria trabalhadora está desprotegida, sem testes e vacina, carentes de hospitais e de trabalhadores da saúde suficientes para dar conta da pandemia fora do controle.

Este é o dia a dia do povo. Até quando?

Bolsonaro oferece as estatais como xepa de feira. Depois das 28 privatizações (aeroportos, portos e estradas), agora são os Correios e a CEF que estão ameaçadas.

Até quando o povo vai suportar, a vida dirá, pois cedo ou tarde uma explosão virá.

As organizações construídas pelos trabalhadores deveriam responder: até aqui, bastou!

Nem mais um dia de mais famintos, de mais desemprego, de mais mortos! Uma luta tão dura quanto necessária, que deve ser trilhada num caminho que dê confiança às massas.

O PT revigorado pela decisão que anulou os fraudulentos processos de Lula, está chamado a organizar a verdadeira solidariedade ao povo, sendo a linha de frente para impulsionar a luta, já, para acabar com este governo. (Registre-se: o Supremo Tribunal Federal não se redime perante nação, cinco anos depois, com os 580 dias de prisão de Lula e sua exclusão das eleições de 2018. O STF foi conivente com o fato consumado que resultou no genocida).

O dia 1º de maio, dia internacional de luta da classe trabalhadora, é dia para a CUT organizar a luta dos trabalhadores que perdem direitos e empregos, dos bancários e ecetistas, que querem resistir às privatizações. Dos servidores que querem derrotar a reforma administrativa. Mas para isso, é preciso separar o joio do trigo. Um 1º de maio com os que privatizaram, fizeram as contrarreformas trabalhista e da Previdência? É trazer a erva daninha para dentro.

Neste 1º de maio, os grupos de base do Diálogo e Ação Petista estarão presentes, ao lado dos trabalhadores, nos atos sem patrões e golpistas, agindo como o PT agia, em atividades adequadas à situação da pandemia, levantando bandeiras que ajudem a estancar o sofrimento do povo.

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