Desde o vergonhoso 31 de agosto, quando o Senado, confirmou o impeachment de Dilma, multiplicam-se manifestações pelo País.
E, nesse 7 de setembro, quando se realiza o tradicional “Grito dos Excluídos” as ruas do país foram tomadas por um único grito. Fora Temer!
Em 24 estados e no DF, em centenas de cidades pelo país afora. Em manifestações reforçadas das pelas organizações que organizaram a luta contra o golpe ou convocadas de forma espontânea, centenas de milhares expressaram sua repulsa ao governo golpista, que se anuncia o destruidor de direitos e conquistas.
Até na abertura das Para-olimpíadas, mesmo não tendo seu nome anunciado, Temer teve que ouvir, a vivo e a cores, um estrondo e insistente coro: “Fora Temer!”, que nem os canais de televisão conseguiram esconder.
Nos atos desse 7 de setembro, voltamos a ver uma esmagadora maioria de jovens, as mesmas cartolinas escritas ou desenhadas à mão como aquelas que surgiram nas manifestações de 2013. Elas se juntaram as faixas dos sindicatos pela greve geral em defesa dos direitos e conquistas e outras que retomam a bandeira da constituinte e eleições diretas, demonstrando que avança a consciência do povo juntamente com a certeza que o golpe foi dado para atacar direitos e conquistas.
O que vimos nesses últimos dias é a expressão do que fervilha por baixo, o que se conclui das enquetes sobre a greve geral que preparam da paralisação nacional de 22 de setembro convocada pela CUT. É também o que se ouve em assembleias de campanhas salariais do período assim como dos debates eleitorais, nas escolas, nas fábricas.
O que podemos dizer é que, apesar da aceleração da situação, continua perfeitamente atual o editorial do nosso jornal, O TRABALHO, de 1 de setembro, que termina afirmando:
“A batalha está à frente, não às costas…
…Derrotas e vitórias, parciais, fazem parte do aprendizado; a luta continua; é uma luta de classes.
A batalha, que será longa e dura, está à nossa frente, não às costas. Para derrubar Temer o quanto antes, e convocar uma Assembleia Constituinte para fazer a reforma política, refazer o que tiver sido desfeito, e abrir caminho para as profundas aspirações populares de justiça social e soberania nacional. É para isso que as forças sindicais e populares devem se unir.
É para isso que o PT deve buscar aliados. E reconquistar a confiança do povo trabalhador. O que começa por engajar-se, ao lado da CUT, na preparação do “Esquenta da Greve Geral” no próximo dia 22..
Considerando todos os fatores, a votação e os desafios que tem, “o governo Michel Temer corre o risco de terminar antes mesmo de começar”, pontua o editorial do próprio jornal golpista Estadão (1/9).
Vamos reunir as condições e mostrar que ninguém, nunca mais, deve ousar duvidar da capacidade de luta dos trabalhadores”.
Laércio Barbosa