É com muito orgulho que comemoramos 40 anos de publicação ininterrupta de “O Trabalho” neste 1° de Maio de 2018.
O número zero de nosso jornal foi lançado com data de 1° de maio de 1978, trazendo como lema “a emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores”.
“O Trabalho” se apresentava como um jornal empenhado na luta contra a ditadura militar, para a qual era decisiva a participação da classe trabalhadora organizada, daí a defesa que fazia de sindicatos livres e da construção de um partido operário.
Ainda que fosse palpável uma fermentação crescente nas fábricas contra o arrocho salarial imposto pela ditadura militar, não se podia prever que poucos dias depois do lançamento de nosso jornal começaria, em 12 de maio, a greve metalúrgica da Scania em São Bernardo do Campo que será o pontapé inicial para a maior onda de greves de massa ocorrida na história do Brasil e que, a partir do ABC paulista, vai se espraiar por todo o país e envolver o conjunto dos trabalhadores até 1980-81.
Essa coincidência fez com que o jornal O Trabalho pudesse registrar em suas páginas todo o processo de luta de classe que desembocou na criação do PT em 1981 e da CUT em 1983, como frutos dessa mesma onda de greves e mobilizações que abalou os alicerces da ditadura e transformou a classe trabalhadora em protagonista da vida política nacional desde então.
A continuidade de um combate
Se as edições mais antigas de “O Trabalho” hoje são fonte para pesquisas sobre as origens do PT e da CUT, sobre as greves de massa e sobre os debates que se faziam na vanguarda ampla do movimento operário, estudantil e popular na luta para botar abaixo a ditadura e conquistar a democracia, os seus 40 anos de publicação ininterrupta – ainda que a sua forma e periodicidade tenham variado – demonstram a continuidade de um combate.
O jornal “O Trabalho” cobriu os altos e baixos da luta de classe, no Brasil e também no cenário mundial, registrou as grandes mobilizações e também os golpes sofridos pela classe trabalhadora nas últimas décadas, sempre afirmando a continuidade do combate para o qual foi criado: ajudar na construção da organização independente dos trabalhadores nos terrenos sindical e político, ajudar a organização da juventude e dos setores populares em aliança com a classe trabalhadora na luta contra o capital e pelo socialismo.
Momentos desse combate estão registrados nas capas históricas de “O Trabalho” que ilustram esta página comemorativa.
Organizador coletivo
Hoje o nosso jornal é o órgão da Corrente O Trabalho do PT, seção brasileira da 4ª Internacional, que participa em pé de igualdade com outros companheiros e companheiras de distintas origens políticas do agrupamento “Diálogo e Ação Petista” que tem um espaço próprio no jornal.
Aprendemos com a tradição do movimento operário mundial, desde Lênin e em particular com a 4ª Internacional, que o jornal deve ser um “organizador coletivo”. Isto é, ao seu redor é que se constrói a organização revolucionária, através de sua venda e de sua utilização como instrumento para a discussão é que os militantes buscam ampliar suas relações políticas com trabalhadores e jovens, recrutar novos militantes e ajudar no desenvolvimento da luta de classe.
Assine O Trabalho
Para nós a independência financeira é condição para a independência política, e o que garantiu a sua existência de nosso jornal por tanto tempo foram os trabalhadores e jovens que o compraram. Por isso mes mo, ao completar 40 anos de existência, “O Trabalho” está em campanha por novas assinaturas, queremos comemorar este aniversário dobrando o número de assintes.
Viva os 40 anos do jornal “O Trabalho”!
A redação