Olho no olho: ganhando votos nas ruas!

No último dia 19 de outubro, por iniciativa de militantes do Diálogo e Ação Petista na região do ABC paulista foi organizada uma panfletagem na entrada da planta industrial da Mercedes Benz em São Bernardo do Campo. Mais de 3 mil panfletos foram distribuídos aos trabalhadores. Segundo Tiago Maciel, dirigente do PT de São Caetano do Sul, um trabalhador explicou: “aqui ainda estamos sob ameaça de demissões”. “Foi aberta negociação, dirigentes do sindicato foram para Alemanha agora… ainda não sabemos o que vai acontecer. Eu vou votar no Lula porque acredito que é preciso fazer alguma coisa diante dessas demissões nas indústrias aqui, né?”. Tiago também conversou com um representante sindical na fábrica que disse que é necessário Lula para “recuperar o parque industrial brasileiro e gerar empregos para os trabalhadores.” Na próxima semana haverá panfletagem na fábrica da GM, em São Caetano.

Em Vitória da Conquista, no sul da Bahia, o companheiro Cláudio Felix está organizando a militância ao redor do Diálogo e Ação Petista para disputa da eleição. Eles decidiram fazer rua por rua, bairro por bairro. “Foi muito bom o resultado do porta a porta. Na véspera, nós fizemos uma caminhada pelo bairro de Campinhos em que a recepção foi muito boa. Numa fábrica que passamos no horário do almoço, trabalhadores pegaram o panfleto para distribuir e levar para casa”. Felix já explica os próximos passos da disputa de massas: “organizamos um cronograma de panfletagem na porta de novas fábricas e na entrada das escolas. Nas escolas estamos indo junto aos jovens da Juventude Revolução”. Já na cidade de Feira de Santana, na grande Salvador, o professor Moisés Zeferino nos contou: “estamos agindo como o PT agia, dialogando com o povo nas ruas, nas feiras, nas escolas, universidades e em portas de fábricas. Nestes espaços conversamos com o povo, trabalhadores, comerciantes, estudantes, professores, a partir de suas necessidades concretas, os quais ressaltaram as dificuldades com a carestia dos alimentos, a dificuldade para encontrar um emprego, a destruição de direitos trabalhistas e previdenciários, a dificuldade de manter uma moradia digna, a precarização da educação pública”.

Sarah Lindalva, na cidade satélite do Gama, no Distrito Federal falou sobre uma panfletagem organizada junto com jovens da Juventude Revolução na escola CEM 01: “teve uma ótima recepção. Panfletamos para mais de 400 pessoas e fizemos mais 5 contatos de pessoas querendo ajudar na campanha. Nenhuma provocação e muitas demonstrações de apoio”.

Parques públicos e feiras livres
Na zona oeste de São Paulo a enfermeira aposentada Neusa de Jesus fala sobre sua iniciativa de montar uma banca de materiais no Parque da Água Branca: “Juntamos 3 militantes junto com nossa banquinha, com os panfletos do Diálogo e Ação Petista e uns poucos adesivos do Lula e Haddad. Isso acabou concentrando outros militantes petistas e apoiadores que trouxeram mais adesivos e bandeiras. Em pouco tempo já éramos mais de 15 em campanha, conversando com frequentadores do Parque e moradores do bairro. Dialogamos muito. Uma aposentada contou: ‘não dá mais, é muita destruição. O meu salário de aposentada acaba antes do final do mês. Quero material para levar para o baile da terceira idade, vou fazer campanha lá’. Um pedestre, foi direto: ‘sem dúvida é Lula, votar nele é um voto pela sobrevivência’”.

No Rio Pequeno, bairro do Butantã, na capital paulista, os militantes do DAP se articulam com o Comitê Lula/Haddad do bairro, organizando panfletagem todos os dias nas feiras, na avenida principal do bairro e em estações do metrô. Segundo a professora Sabrina Teixeira, “foi feita uma caminhada no dia 15 reunindo quase 200 apoiadores de Lula e Haddad da comunidade do Sapé passando por toda avenida Rio Pequeno e pelas comunidades São Remo e Buracanã, parando o trânsito e entregando panfletos em cada comércio. Recebemos muitos apoios no trânsito”. No dia seguinte 9 apoiadores da campanha Lula e Haddad com a participação do DAP foram para a feira livre do São Domingos para panfletar e conversar. Uma professora de artes levou uma mesa e materiais de desenho e produziu cartazes com reivindicações como “Aumento do salário mínimo”.

Alexandre Linares

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