Para fazer valer a vitória das urnas

NÃO CONSEGUIRAM ATRAVÉS DO VOTO, MAS QUEREM IMPOR O PROGRAMA DERROTADO

Uma ameaça ronda o país.

Derrotado nas urnas, o PSDB, a serviço do imperialismo, quer impor seu programa contra a vitória de Dilma conquistada pela mobilização dos militantes petistas e setores organizados da maioria do povo trabalhador que luta por suas reivindicações e pelos interesses da nação.

Para impor ao governo a política rejeitada pelas urnas quando as condições para atropelar e anular o resultado eleitoral não estão reunidas, o alvo direto é o Partido dos Trabalhadores.

Os agentes dos interesses do capital financeiro não lograram voltar ao Palácio do Planalto,mas não dão trégua para submeter a nação à pilhagem imperialista e pressionam para impor a política de ajuste em detrimento dos interesses da maioria do povo.

A cada dia fica mais claro a que vem o ataque à Petrobras: tornar “inevitável a revisão do atual marco regulatório do pré-sal”, como disse um colunista do Estadão (18/11), para entregar a riqueza do Pré-sal às petrolíferas multinacionais.

“Para resolver os problemas do país é preciso tirar o PT do governo”, dizia Aécio antes de 26 de outubro. Não conseguiram através do voto, mas querem impor o programa derrotado. Os interesses opostos entre classes sociais opostas que se expressaram na votação do segundo turno confrontam-se na situação aberta em 27 de outubro.

É urgente e possível derrotar essa ofensiva contra a nação e o Partido dos Trabalhadores.

Em primeiro lugar, ouvindo o recado das urnas. A mobilização da base social que levou o PT ao governo desde 2002, uma vez mais, derrotou o candidato do PSDB. Mas o estreitamento da margem de votos da vitória revela uma frustração de parte da base social.

Por exemplo, as ruas pediram serviços públicos de qualidade. Isso exige encerrar a drenagem de recursos aos banqueiros com o superávit fiscal. Cada passo, por menor que seja, nessa direção, ganhará o apoio dos que reelegeram Dilma, como ocorreu com a necessária sanção à renegociação das dívidas dos Estados e Municípios. Uma medida limitada, mas que dará um respiro aos estados e municípios. Mas, uma direção contraditória com a elevação da taxa de juros logo após a reeleição.

Governar para a maioria do povo e pelos interesses da nação exige romper a tranca imposta pelas atuais e apodrecidas instituições.

A exigência que brotou das ruas em 2013 – “Constituinte pela Reforma Política” – é ainda mais urgente, mas os mal chamados aliados, como o PMDB, operam para enterrá-la no pântano do Congresso recém-eleito, o mais conservador desde 1964, movido pelo dinheiro das grandes empresas.

A Comissão Executiva Nacional do PT, em 3 de novembro adotou uma Resolução Política que sinaliza na boa direção. Por isso mesmo elevou a bateria de ataques da burguesia e seus órgão de imprensa contra o PT.

A Resolução Política do PT afirma a necessidade da “Reforma Política, precedida de um plebiscito através de uma Constituinte” e do atendimento de reivindicações.

Esse é o caminho que corresponde aos interesses cravados na reeleição e dará confiança à nossa base social para se mobilizar, impor nova derrota aos representantes do imperialismo e colher os frutos da vitória. A começar por fazer do ato proposto pela CEN-PT na posse de Dilma uma grande manifestação pela Constituinte.

O Encontro Nacional do Diálogo e Ação Petista, em 6 e 7 de dezembro com representantes de reuniões de base que ocorrem pelo país pretende ser uma ajuda nessa direção.

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