Desde cedo neste terça (21), em Brasília, a pressão dos servidores das 3 esferas contra a PEC 32 da reforma administrativa se fazia ecoar na Câmara dos Deputados. Centenas de trabalhadores recebiam os deputados com palavras de ordem e muito barulho. Até uma pequena passeata na área de desembarque foi feita.
A tarde, outras centenas se manifestavam em frente ao Anexo II da Câmara exigindo a derrubada da PEC.
Dentro da Câmara, a crise só aumenta. Enquanto o governo Bolsonaro se fragiliza pela indignação popular e pela luta pelo fim do governo que saiu às ruas, a reforma administrativa patina. Prevista para votar o relatório já na semana passada, vacilos da base governista e acordos com setores da segurança pública levaram até setores da direita a defenderem a rejeição do relatório. É a conclusão do editorial do Estado de São Paulo deste mesmo dia.
Aumentar a pressão sobre os parlamentares e reforçar a luta pelo fim do governo Bolsonaro, nos atos do dia 2 de outubro, são tarefas complementares. É a mobilização que cresce e pode colocar em xeque um dos pilares da política de Paulo Guedes.